POETAR
Que alegria me dá escrever sem parar.
Sem razão, sem sentido, sem penar.
Descobrir que ainda posso sonhar.
Não ser cobrado por rir ou chorar.
Mexer me ao vento, jogar me ao mar,
E poder escolher que caminho trilhar.
Dispensar a métrica regular,
Sem medo da rima vulgar.
Pois afinal de que me valeria o ar,
Se só me fosse permitido parnasiar.
Perderia eu a chance de declarar
Que aquilo que me move e me faz andar
É a certeza de ainda poder te amar.
Maio/2006
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