PROMESSA
Hoje quero escrever pra mim.
Sem pensar em ouvir o clarim,
Que por vezes se ouve ao fim.
Quero me derramar nas páginas
E me poupar das lágrimas,
Pois meu rio antes represado,
Agora corre compassado
Sem se preocupar com as margens,
Pois minha água reflete as imagens
Dos que se deitam nas correntezas,
Mas garanto a vocês com certeza
Dar abrigo por inteiro em meu leito
A todos aqueles que me falem ao peito.
MAIO/2006
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