A vida tem o comando
Para ditar o destino
Por um roteiro divino
Que ao mundo vai passando.
Então fico imaginando...
Se nascemos garimpeiro
E pra cumprir o roteiro
Pé na estrada é normal
QUEM DEIXA A TERRA NATAL
SEMPRE SERÁ FORASTEIRO.
Deixar a terra querida
Que viu a gente nascer
Faz nosso peito doer
Talvez com uma ferida.
Vida jamais esquecida
Seja pra quem tem dinheiro
Ou para um simples tropeiro
O drama não tem final
QUEM DEIXA A TERRA NATAL
SEMPRE SERÁ FORASTEIRO.
Romper com nosso passado
É um momento cruel
Que não tem neste cordel
A dimensão desse fado.
Um Ser Humano talhado
Pra seguir como cordeiro
Sendo simples passageiro
Sem medo de vendaval
QUEM DEIXA A TERRA NATAL
SEMPRE SERÁ FORASTEIRO.
Adeus Mãe, adeus meu Pai,
Adeus a todo parente
Minha voz fica silente
E o meu mundo se esvai.
É mais um filho que sai
Sem que seja o derradeiro
Desse recanto parceiro
Onde a vida deu sinal
QUEM DEIXA A TERRA NATAL
SEMPRE SERÁ FORASTEIRO.