RESTOS DE FELICIDADE (22.04.2003)
Terrível! Esse medo de viver
De viver feito gente morta
Como os sem vida caídos nas portas
Esperançosos de abrir o bar
Pior que a sala vazia de palavras
Que a falta de palavras que sentes
Que esse ar.; esse vazio na garganta
Que a companhia ausente – que amas ainda!
Com medo do óbvio por vir, tremes,
Disfarças, sorri falsamente.; pois temes!
Tens medo de ficar só, mas, não admite...
O que fazer... O que fazer pobre ser?
O que dará quando a hora chegar?
Temente, como temes a Deus,
Talvez, calado apenas agüente
O vazio, a solidão dos seres ausentes
Talvez te acostumes a solidão!
Viva.; então tuas lembranças...
Viva! Dos restos da felicidade
Que viveste... Tuas lembranças.
|