QUERIDO...
Em 26 de maio de 1973
Fitando o teu retrato...
Toda a minha inspiração é vã e fútil,
Para dizer-te de algo tão grandioso.
Busquei idéias novas, mas é inútil.
Para falar de amor, só o silêncio mavioso.
Porque é fitando tua imagem querida,
E com respeitosa e muda admiração,
Que encontro a minha linguagem preferida,
Para expressar-te a ventura de meu coração.
Tu és para mim, como um clarão de luz,
Pois, quando me abate a névoa da tristeza,
És tu, querido, que me vens com presteza.
E, tudo que não seja alegria e ventura:
A maldade, a tristeza ou o ciúme,
Tu afastas, meu querido,meu amado, meu lume! |