CORPOS FEBRIS SE ENCONTRAM
©Sicouza
Após tantos e tantos abraços
Num frêmito de espasmos
Jogou-se tênue e trêmula
No canto, juntando-se os cansaços
E no silêncio de lábios ainda ávidos
Rogam-se outra vez,com os olhos
Por carícias ainda mais intensas
Que sanasse aquela febre de amor
Na languidez do momento intertemporal
Entrelaçam-se, se tocam e se cobram
corpos nus, de novo ardentes
numa troca igual de desejos latentes
Entre suores e cheiros afins
Os nus por total se completam
E o tempo pára,perde a razão
os corpos se cruzam,
inteiros se dão
E após outros tantos abraços
Ela contente e feliz, sorri
E ele a ela se abraça sorrindo
E rolam cansados e rindo,
caindo ao chão !
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