O prazer não tem história. Começa com cada pessoa, a cada momento que é invocado. E termina quando termina. Não se repete nunca. Mas se renova sempre.
O prazer é imensamente poluente - polui a todos a quem toca. E é imensamente consumidor - consome a todos em quem se insere.
O prazer, infelizmente, não é contagioso. Nada assegura que o prazer possa ser passado de uma pessoa para outra.
Polui e consome - mas não contagia.
As propriedades do prazer são um enigma. Nenhum cientista e nenhum poeta - os alicerces da nossa civilização - foram capazes de demonstrar mais do que se sabe até hoje sobre o prazer.
E se sabe muito pouco. Sabe-se que polui e que consome - mas que não contagia.
Ah se contagiasse! Quantas frustrações deixariam de existir...