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Poesias-->ENIGMA -- 01/08/2006 - 19:57 (Maurício Santanna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um dia um monge andarilho me abordou

E um enigma me pediu pra decifrar,

Falou que o absurdo está no hipocrisia

Das pessoas que vivem pra se controlar.



A história contada parecia um delírio

Em que o mundo estava virado,

Feito os móveis da casa do lado de fora

E os tapetes no telhado.



Falou dos homens de terno que fumavam cachimbo,

E dos jovens suicidas viciados,

Dos índios contidos nos documentários,

Já que foram exterminados.



De uma janela em que se via um trem passar

Com passageiros desnudos dançando no teto,

Surfistas que gritavam eletrocutados

Que nada na vida é errado ou certo.



Intelectuais que misturavam limão e vodka

E dos médicos que mutilavam pacientes,

Políticos que roubavam pobres famintos,

Tendo como assessores seus parentes.



Engenheiros que na beira da praia

Erguiam prédios de areia,

Bandidos que ordenavam chacinas

Dos seus celulares na cadeia.



Um mendigo que dormia com as novas notícias

Embrulhado num jornal,

Sonhava com a mesa farta de comida,

Mas achava a fome normal.



Um velho poeta que guardava os seus livros,

Pois não havia ninguém para ler,

E um sábio profeta que se calava

Diante dos fiéis que não queriam mais crer.



Falou dos padres e dos pais de família

Corrompendo crianças por prazer,

E dos lobos pastores da miséria

Usando a fé pra enriquecer.



Dos jovens ricos queimando indigentes

E das mulheres escravas da vaidade,

Dos policiais e juizes criminosos

Que encontravam na lei impunidade.



Eu pensei nas loucas frases do estranho,

Mas tal paradoxo não pude entender,

Ele riu para mim e já indo embora gritou:

Um dia a resposta você vai obter.



Na varanda acordei, era apenas um sonho,

Eu vi borboletas no jardim,

Liguei o meu som e ouvi Raulzito,

No início, meio e fim.



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