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Textos_Religiosos-->Habemus Papam: visita ao Brasil p/ combater êxodo de fiéis -- 11/05/2007 - 12:41 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Papa vem ao Brasil para combater êxodo de fiéis

Por Philip Pullella e Angus MacSwan

SÃO PAULO (Reuters) - O papa Bento 16 deu início a sua primeira viagem à América Latina nesta quarta-feira admitindo que quer conter o êxodo de fiéis católicos para outras religiões.
Numa conversa com repórteres no avião papal, a caminho de São Paulo, onde deve chegar perto das 16 horas, ele disse também que os políticos católicos que apóiam o aborto deveriam ser excomungados, reforçando a posição radical da Igreja no debate sobre o controle da natalidade.
A expectativa é que o papa seja recebido com grande entusiasmo no Brasil, mas a viagem foi ofuscada pela preocupação com o esvaziamento da Igreja Católica na América Latina. Dezenas de milhões de latino-americanos deixaram o catolicismo em favor de ramos protestantes como o pentecostalismo.

E a oposição da Igreja aos métodos contraceptivos, ao aborto e ao sexo fora do casamento vem gerando dúvidas em seus seguidores, além de atritos com alguns governos.
O papa Bento 16 já afirmou que vai tocar na questão da deserção do catolicismo na abertura da 5a Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, que acontece na cidade de Aparecida.

"Essa é nossa preocupação em comum. Temos de encontrar respostas convincentes", disse o pontífice, de 80 anos.

Ele também advertiu os políticos católicos do risco de excomunhão em caso de apoio ao aborto. "O egoísmo e o medo estão nas bases da legislação (pró-aborto)", afirmou. "Nós, da Igreja, temos uma grande luta para defender a vida."

O papa já manifestou apoio à ameaça de excomungar parlamentares mexicanos que no mês passado legalizaram o aborto na Cidade do México.
No Brasil, a polêmica também cresceu na véspera da chegada do papa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, deram sinais de discordar da posição da Igreja.

Apesar de ser pessoalmente contra o aborto, Lula declarou que o tema tem de ser tratado como uma questão de saúde pública, já que muitas mulheres morrem em decorrência de procedimentos clandestinos.

O ministro da Saúde, que se posicionou a favor da realização de um plebiscito sobre a questão, acusou grupos da Igreja de reprimir o debate. A declaração provocou uma resposta dura de dom Geraldo Majella, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acusou o governo de promover a "promiscuidade".

Temporão, que se declara católico, não demonstrou nesta quarta-feira preocupação com o alerta do papa e disse que o debate sobre a questão do aborto assumiu um "viés machista".
"Infelizmente, os homens não engravidam, porque, se engravidassem, essa questão já estaria resolvida", afirmou Temporão a jornalistas, horas antes da chegada de Bento 16 ao Brasil, em intervalo de audiência pública no Senado.

FORA DA POLÍTICA

Lula disse que quer discutir com o pontífice como a Igreja e seu governo podem trabalhar mais unidos na solução de problemas sociais.

O papa Bento 16 argumentou que o clero latino-americano tem razão em querer tratar da justiça social, mas tem de se manter fora da política. A declaração traz à lembrança à repressão liderada por ele, como cardeal Joseph Ratzinger, ao movimento da Teologia da Libertação, nos anos 1970 e 1980, quando padres de esquerda atuaram contra as ditaduras militares.

Segundo Bento 16, o papel da Igreja é fornecer parâmetros para a sociedade.

Esta é a primeira grande viagem do papa fora da Europa. Ele tem a fama de ser um teólogo conservador sem o mesmo carisma de seu antecessor, João Paulo 2o.

Mesmo assim, a estimativa é que 1 milhão de pessoas participe da missa a céu aberto no Campo de Marte, na sexta-feira, onde Bento 16 vai canonizar o frei Galvão, que será o primeiro santo nascido no Brasil. Mais de 300 mil pessoas devem assistir à missa que ele celebrará no domingo em Aparecida.

O papa Bento 16 também garantiu aos fiéis que a América Latina tem importância crucial, apesar de outros assuntos terem recebido mais atenção nos dois anos de seu papado.

"Não é que eu ame menos a América Latina", disse. "É o maior continente católico e, portanto, é o que tem mais responsabilidade."
(Reportagem adicional de Natuza Nery, em Brasília)






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