AGENDAS E CADERNOS
Caderno é objeto de desejo. Às vezes amado, outras odiado. Odiado principalmente quando pai e mãe resolvem vasculhar o que as crianças e jovens escrevem, muito além de suas anotações escolares. Afinal apesar de tão visíveis nos cadernos eles não gostam quando descobrimos seus pequenos mistérios e segredos.
Ele é muito mais facilmente amado quando temos a opção na maturidade de usá-lo por nossa livre escolha. Seja para voltarmos a estudar ou simplesmente anotar coisas do dia-a-dia. Mas a relação com o caderno é sempre meio lúdica.Quando novo então, considero o uso do caderno um desafio. É quase um ato de amor entre caneta, lápis e linhas.
As linhas se prestam a um papel de fêmea. Recebem da caneta um semem para a concepção do dono da mão: Uma frase, uma fração, uma formula, uma emoção.
A indústria de cadernos se tornou pródiga no mundo consumista. Está cheia de grifes, motivos e preços. Grifes, infelizmente acessíveis a poucos.
Confessemos, caderno é muito melhor que tela de computador.
Rendemo-nos a agilidade da máquina, Ã s possibilidades de correção, mas caderno é caderno!
E agendas para que servem? Marcar compromissos, lembretes, aniversários? Telefones profissionais e telefone dos amigos.
Novo ano, nova etapa e agenda nova. Adoro folhear agendas novas. Virgens folhas, ávidas de escritos.
Lá vem chegando a agenda 2004.
As fases da lua, os feriados, fusos-horários, calendários, mapas e outros mimos.
Aguarde-me agenda em ti escreverei mais um pouco da minha história, em pequenas notinhas perdidas em meio a números e horários marcados.
Email- maluizak@yahoo.com.br
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