Nessa tarde tão vazia,
Razão da melancolia,
Eu vi passar teu olhar,
Meu peito que antes batia
Tão forte de alegria,
Hoje tem arritmia
De tanto lhe esperar.
Um dia eu me vi sozinho,
Sem você na minha vida,
Sem a palma da mão que a minha
Podia sempre encontrar,
A esperança que perdida,
Deu lugar a nostalgia
Que veio me afogar.
Eu olho as flores do campo
A procurar teu encanto,
Revirando cada canto,
Nada acho no entanto,
A não ser a dor do pranto
Que transborda pelo canto
Do fundo do meu olhar.
Minha face é descontente
De uma mente penitente,
Meu amor é inconsequente,
Cambaleio no caminho
Sem te ver aqui comigo,
Sem contar com o teu abrigo
Que um dia eu chamei de lar.
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