Carta para o Clésio Boeira
Em que pese o meu respeito às opiniões alheias.
O usineiro Clésio Boeira da Silva, pelo visto, e pelo sobrenome, tem parentesco com o Lula.
Dizer que é hora de quem tem mais, distribuir com quem tem menos, estaria correto, se o recado fosse para os banqueiros e agiotas que este governo continua engordando com fartos recursos e benesses.
E não confiscar o bolso dos aposentados, ferindo direito líquido e certo, quebrando contratos e denegrindo a imagem do servidor, ao mesmo tempo em que faz corpo mole para descobrir e punir os figurões envolvidos com o escândalo da remessa de 30 bilhões de dólares para o exterior.
Precisamos deixar de enganar o povo. Deixar de bravatas e fanfarrices. De jogar uma classe de trabalhadores contra outra. De usar a exceção, como se fosse regra geral.
Aposentadoria de R$ 40 mil reais, evidentemente, é imoral. Mas não representa nem meio por cento da folha de pagamento do Executivo. E, também, nem um por cento da folha do Legislativo; principalmente, no âmbito estadual.
E embora seja imoral, foram concedidas graças às leis aprovadas pelos próprios deputados.
A grande massa de inativos do setor público não ganha mais do que R$1.800 reais, cerca de 95% do total da força de trabalho.
Portanto, usar este artifício para sustentar a tese de que todos são privilegiados, é má fé.
E viva a senadora Heloisa Helena; a parte coerente que restou do antigo PT. |