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Textos_Religiosos-->Habemus Papam! Por um Brasil mais Bento! -- 11/05/2007 - 10:18 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Especial: Papa no Brasil

www.zenit.org

Bento XVI chama jovens a converterem-se nos novos missionários da Igreja
«A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo»

SÃO PAULO, quinta-feira, 10 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI pediu aos jovens do Brasil e da América Latina que se convertam nos novos missionários da Igreja, em um encontro multitudinário que teve na noite desta quinta-feira em São Paulo.

«Sois jovens da Igreja. Por isso Eu vos envio para a grande missão de evangelizar os jovens e as jovens, que andam por este mundo errantes, como ovelhas sem pastor», disse o Papa em uma espécie de Jornada Mundial da Juventude na qual momentos de oração foram alternados com música, na qual não faltou o samba.

Aproximadamente 35 mil jovens lotavam o estádio municipal «Paulo Machado de Carvalho» (Pacaembu) e outros 30.000 ficaram do lado de fora, acompanhando a cerimônia por telões.

O Papa reconheceu em seu longo discurso, interrompido frequentemente por aplausos, que «Ouvimos falar dos medos da juventude de hoje. Revelam-nos um enorme déficit de esperança: medo de morrer, num momento em que a vida está desabrochando e procura encontrar o próprio caminho da realização».

«Registramos o alto índice de mortes entre os jovens —acrescentou—, a ameaça da violência, a deplorável proliferação das drogas que sacode até a raiz mais profunda a juventude de hoje. Fala-se por isso, seguidamente, de uma juventude perdida».

Nesse contexto, o Papa lançou seu chamado: «Sede os apóstolos dos jovens. Convidai-os para que venham convosco, façam a mesma experiência de fé, de esperança e de amor; encontrem-se com Jesus, para se sentirem realmente amados, acolhidos, com plena possibilidade de realizar-se».

«Que também eles e elas descubram os caminhos seguros dos Mandamentos e por eles cheguem até Deus», desejou.

O bispo de Roma deixou um de seus conselhos mais profundos para estes rapazes e moças: «O amor verdadeiro "procurará sempre mais a felicidade do outro, preocupar-se-á cada vez mais dele, doar-se-á e desejará existir para o outro" e, por isso, será sempre mais fiel, indissolúvel e fecundo».

«Existe um imenso panorama de ação no qual as questões de ordem social, econômica e política ganham um particular relevo, sempre que haurirem sua fonte de inspiração no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja».

O Papa concluiu pedindo aos jovens «é que não desperdiceis vossa juventude».

«Não tenteis fugir dela. Vivei-a intensamente. Consagrai-a aos elevados ideais da fé e da solidariedade humana».

«Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade».

«Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada», concluiu.

A saudação de boas-vindas foi realizada pelo arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, e por D. Eduardo Vieira, responsável pela Pastoral da Juventude da Arquidiocese de São Paulo, que arrancou aplausos da multidão ao pedir ao Papa que, após a Austrália (julho de 2008), a próxima Jornada Mundial da Juventude seja celebrada no Brasil.

***

Jovens acolhem Papa com entusiasmo em São Paulo
Encontro especial do pontífice com a juventude leva 35 mil pessoas ao Pacaembu

SÃO PAULO, quinta-feira, 10 de maio de 2007 (ZENIT.org).- 35 mil vozes entoavam o refrão “Bento, Bendito, bem-vindo, nosso povo te acolhe com amor”, quando o Papa chegou ao Estádio do Pacaembu, zona oeste de São Paulo, no início da noite desta quinta-feira, para o encontro especial com a juventude.

O pontífice saiu do Mosteiro de São Bento em papa-móvel por volta das 17h45, hora de Brasília. Seguiu pelas ruas do centro de São Paulo até chegar ao Pacaembu, por volta das 18h15.

No interior do Estádio, 35 mil jovens já o aguardavam desde o início da tarde. Nos momentos que antecederam a chegada do pontífice, muita música alegrava o ambiente.

Quando souberam que o Papa se aproximava do Estádio, os jovens começaram a ensaiar um grito de acolhida que dizia: “Papa, nós também te amamos!”.

Ao início da cerimônia, fez-se uma homenagem à Amazônia, em alusão ao tema da Campanha da Fraternidade (período de Quaresma) da Igreja no Brasil este ano.

Cantou-se uma canção em que se repetia “Amazônia, Amazônia, é proibido queimar. Amazônia, Amazônia, é proibido matar”.

Em seguida, cinco jovens falaram ao Papa testemunhando algum aspecto específico da juventude. Tocaram em temas como a construção da civilização do amor, justiça, educação e o mundo do trabalho.

Jovens focolares assumiram o palco e apresentaram danças típicas do Brasil. As cores das congadas, catiras, capoeira, frevo, entre outros, acenavam a mistura de culturas que conformou o país, nestes seus pouco mais de 500 anos de evangelização cristã.

Após a leitura do Evangelho, o Papa discursou causando entusiasmo na multidão. O pontífice foi interrompido por aplausos e expressões de afeto 27 vezes durante sua alocução.

“Gostaria de dar um abraço bem brasileiro a todos vós”, expressou em determinado momento o Papa, causando frisson na juventude.

Ao recordar brevemente a figura de seu predecessor, João Paulo II, o Santo Padre abriu um sorriso, ao ver que os jovens gritavam “Santo”, “Santo”.

Após seu discurso, longamente aplaudido, todo o Estádio, liderado por Eugenio Jorge, de Missão Mensagem Brasil, e Adriana Pereira, cantou para o Papa “Ninguém te ama como eu”,

Após dar a bênção, Bento XVI voltou para o Mosteiro de São Bento em carro fechado. Já no Mosteiro, mais uma vez, a quinta neste dia, por volta das 21h, acenou para os fiéis que o aguardavam.

***

São Paulo vive clima de Jornada Mundial da Juventude


SÃO PAULO, quinta-feira, 10 de maio de 2007 (ZENIT.org).- São Paulo viveu nesta quinta-feira o clima de uma Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Desde cedo viam-se grupos de jovens pelas ruas acorrendo à zona oeste da cidade, onde, no início da noite, Bento XVI se encontraria com eles.

Nos acessos ao estádio do Pacaembu, um festival de cores se espalhava em lenços e bandeiras.

Eram esperados 35 mil jovens no interior do estádio; porém, às 16:30h, o Pacaembu já estava tomado de jovens de todo o Brasil e de diversos países da América Latina.

A chuva e o vento frio de ontem não se repetiram. Sob o céu azul de São Paulo, os jovens acenavam com os braços e cantavam, animados por bandas católicas.

Rafael Silva Coelho, 20 anos, veio com um grupo de 150 jovens em 3 ônibus de Petrópolis, Rio de Janeiro. Após viajar mais de 500 km hoje, confessou que «apesar do cansaço, estamos muito felizes».

«Nós tínhamos de estar aqui, pois o Papa veio nos dizer uma palavra de luz», afirmou.

Já Priscila Krayer, 18 anos, que trabalhou como voluntária no encontro, destacou a «alegria e animação» dos jovens. «É bonito ver tanta gente envolvida nisso, e todos felizes», disse à Zenit.

Bárbara Motta, 25 anos, do Movimento de Schoenstatt, afirmou que Bento XVI já inspirou a sua vida. «Eu tinha uma imagem diferente dele, mas confesso que ele já tocou meu coração», disse.

A JMJ é um encontro dos jovens criado por João Paulo II em 1986. Já se celebrou em Roma, na Argentina, Polônia, Estados Unidos, Filipinas, França e Canadá. A última edição, já realizada por Bento XVI, aconteceu em seu país natal, Alemanha, na cidade de Colônia. A próxima JMJ acontecerá em Sydney (Austrália), em 2008.

***

Em poucas horas no Brasil, Papa quebra imagem de rígido e frio
Aparições improvisadas e sorriso constante contagiam o Brasil

SÃO PAULO, quinta-feira, 10 de maio de 2007 (ZENIT.org).- A suposta imagem do Papa alemão rígido e frio já não existe após poucas horas da presença de Bento XVI no Brasil.

Joseph Ratzinger, que já fora taxado de «cardeal panzer», em alusão ao tanque de guerra alemão, quando era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, quebrou o protocolo em várias ocasiões, para ver e abençoar os fiéis brasileiros que o aguardavam.

Essa quarta-feira, após chegar ao Mosteiro de São Bento no início da noite, saudou os cerca de 5 mil fiéis que o esperavam, afirmando que a «acolhida tão calorosa comove o Papa».

Ao final da saudação, visivelmente alegre, o pontífice abençoou a multidão e agradeceu em bom português com um «muito obrigado». Desejou ainda uma «boa noite» a todos que estavam ali.

Na manhã desta quinta-feira, os cerca de 2 mil fiéis que faziam vigília na praça do Mosteiro desde as primeiras horas da manhã não foram frustrados em sua expectativa de ver o pontífice.

Após rezar a missa privada no Mosteiro, Bento XVI mais uma vez saiu ao balcão para demonstrar sua alegria com a calorosa acolhida dos brasileiros.

Saudou de braços abertos a multidão por alguns instantes. Em seguida abençoou os presentes. O sorriso sincero se mantinha na face do pontífice.

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Papa saúda fiéis antes de encontrar-se com presidente Lula


SÃO PAULO, quinta-feira, 10 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI saiu na manhã desta quinta-feira à janela do Mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo, onde está hospedado, para saudar os milhares de fiéis que ali estavam reunidos para manifestar seu apreço ao Sumo Pontífice.

Nessa aparição não programada, o Papa fez o sinal da cruz, abençoando a multidão presente.

Em seguida saiu, em veículo fechado, em direção ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo.

Pelas ruas de São Paulo, no trajeto de cerca de 25 minutos da região central à zona sul, milhares de peregrinos saudavam o Papa. Alguns levavam cartazes com frases de afeto e acolhimento.

No Palácio, um batalhão de fotógrafos e cinegrafistas se esforçava para conseguir a melhor imagem do pontífice, que foi recebido pelo governador de São Paulo, José Serra, e pela primeira-dama Monica Serra.

O Santo Padre chegou ao palácio acompanhado do Chefe de Estado do Vaticano, cardeal Tarcísio Bertone, e pelo arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, entre outras autoridades religiosas.

Em seguida, Bento XVI foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que entregou ao pontífice o selo postal comemorativo da visita do Papa ao Brasil.

Durante o encontro, Lula comentou com o Santo Padre sobre o programa Bolsa Família, destinado a dar renda a famílias mais pobres. Falou ainda de projeto para estimular o desenvolvimento da África com a produção de biodiesel.

Segundo jornalistas presentes, o Papa teria destacado a importância da família e da cooperação Igreja-Estado para a promoção da paz e solidariedade.

A conversa privada durou menos de trinta minutos. Logo depois, o Santo Padre e o presidente trocaram presentes e cumprimentaram diversas autoridades religiosas e civis.

Lula da Silva presenteou a Bento XVI uma coleção com a obra completa do pintor brasileiro Cândido Portinari, editada pela Petrobrás. Já a primeira-dama Marisa Letícia entregou ao Sumo Pontífice um quadro do pintor brasileiro Roberto Camasmie, retratando o Papa.

Já o pontífice presenteou um rosário branco para a primeira-dama e um rosário em madeira para o presidente do Brasil.

Após esse momento, Bento XVI visitou uma exposição de arte sacra no próprio palácio sede do governo de São Paulo. Em seguida o pontífice se dirigiu para outra sala do palácio, onde participou do lançamento oficial do selo postal comemorativo de sua visita.

Após a cerimônia, o sucessor de Pedro regressou em comitiva ao Mosteiro de São Bento, na região central de São Paulo, onde teria um breve encontro com líderes de outras religiões.

Nesta quinta-feira o Papa almoça no próprio Mosteiro, acompanhado da presidência da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Às 12h40, mais uma vez o pontífice quebrou o protocolo e saiu à janela do Mosteiro para saudar os cerca de 2 mil fiéis que o esperavam na praça defronte ao edifício.

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Importância da família: um dos temas do encontro do Papa com Lula


SÃO PAULO, quinta-feira, 10 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Durante encontro realizado esta manhã entre Bento XVI e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, entre os temas tratados, foi destacada a importância da família e do relacionamento da Igreja com o Estado para a construção da paz.

No encontro, ocorrido a portas fechadas, o presidente expôs aos Papa, as políticas do governo federal como o programa Bolsa Família, de transferência de renda, e o programa de biocombustíveis.

Como publicou o site da Rádio Vaticana, segundo a embaixadora do Brasil ante a Santa Sé, Vera Machado, o papa demonstrou «grande apreço» pelo Bolsa Família e mostrou interesse em saber mais sobre o biodiesel e seu uso para ajudar os países africanos.

O Santo Padre mencionou as ações da Igreja para ajudar os países da África.

O Presidente Lula afirmou o desejo de uma maior integração entre os países da América Latina, mencionando o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) como um meio para se chegar a essa integração.

Ainda segundo a emissora pontifícia, o Santo Padre manifestou a intenção de concretizar ainda em seu pontificado a concordata proposta pela Santa Sé ao Brasil, com intuito de regulamentar as atividades da Igreja no país.

Conforme relatou a embaixadora do Brasil ante a Santa Sé, o presidente Lula afirmou ao Papa que o empenho da administração federal é de «preservar e consolidar o estado laico, e ter a religião como um instrumento para tratar do espírito e de problemas sociais».

Após o encontro, o Santo Padre seguiu para o Mosteiro de São Bento, onde está hospedado para o encontro com líderes de outras denominações religiosas e para um almoço com a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

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Papa se encontra com líderes de outras Igrejas e confissões cristãs


SÃO PAULO, quinta-feira, 10 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Às 12h30 desta quinta-feira, após sair do encontro com o presidente Lula no Palácio dos Bandeirantes, o Papa se dirigiu ao Mosteiro de São Bento para ter um encontro com líderes de outras Igrejas e confissões cristãs.

Segundo o padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, comentou com os jornalistas, «foi um encontro de fraternidade e de demonstração de boas-vindas da parte dos representantes das diversas confissões religiosas».

«Não foram feitos discursos, nem tratados temas específicos. Foi um momento de recíproca manifestação de fraternidade», destacou o porta-voz vaticano.

O rabino Henry Sobel, 63 anos, da Congregação Israelita Paulista afirmou ao sair o encontro que o «Papa é amigo do povo judeu».

«Estou saindo leve e alegre. Afinal de contas, não é todos os dias que o rabino recebe uma bênção do Papa», disse.

O rabino afirmou que, «com a maior humildade», pediu uma bênção e foi abençoado. «Pedi também a permissão do Papa para abençoá-lo, autorização esta que me foi dada».

Estiveram presentes no encontro Dom Oneris Marchiori e padre Marcial Maçaneiro, da Igreja Católica Apostólica Romana; reverendo pastor Carlos Möller, do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil; reverendo pastor Walter Altmann, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil.

Também o Metropolita Tarassios, da Igreja Ortodoxa Grega; arcebispo Damaskinos Mansour, da Igreja Ortodoxa Antioquina; arcebispo Datez Karibian, da Igreja Armênia Apostólica; bispo Maurício Andrade, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.

Participaram ainda o reverendo Manuel de Souza Miranda, da Igreja Presbiteriana Unida; Antonio Bonzoi, da Igreja Cristã Reformada; Henry Sobel, da Comunidade Judaica; e xeque Armando Hussein Saleh, da Comunidade Islâmica.

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Bento XVI quebra protocolo pela quarta vez


SÃO PAULO, quinta-feira, 10 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI, pela quarta vez, quebrou o protocolo de sua visita pastoral à América Latina.

Nesta quinta-feira, o Santo Padre apareceu várias vezes no balcão do Mosteiro de São Bento saudando a multidão de fiéis que se fez presente durante todo o dia na frente do monastério beneditino, situado na região central de São Paulo.

Pela manhã, antes de se transladar ao Palácio dos Bandeirantes, o Santo Padre se dirigiu ao balcão do mosteiro para saudar os fiéis que ali estavam. Depois, após o encontro com os líderes de diversas denominações religiosas, novamente quebrou o protocolo e saudou os fiéis da sacada do monastério.

Às 14:40h, o Sumo Pontífice, outra vez, saiu à sacada do mosteiro para saudar os fiéis, e, às 17:30h, surpreendeu todos ao falar com a multidão, dirigindo aos fiéis que estavam congregados no Largo de São Bento, suas palavras de agradecimento, falando em italiano, e sua bênção. Após isso, despediu-se, dizendo «obrigado».

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Seitas propõem «sérios interrogantes à Igreja», reconhece cardeal Bertone
Acompanhando Bento XVI no Brasil

SÃO PAULO, quinta-feira, 9 de maio de 2007 (ZENIT.org).- A expansão das seitas na América Latina propõe «sérios interrogantes à Igreja», considera o cardeal Tarcisio Bertone, mão direita de Bento XVI na guia da Santa Sé, que se encontra acompanhando o Papa em sua primeira viagem ao Brasil.

«Infelizmente, o fenômeno das seitas aflige não só o continente latino-americano, também afeta o Norte da América e os nossos países», adverte o secretário de Estado, fazendo referência à Europa.

Em declarações à «Rádio Vaticano», acrescenta: «A Igreja está chamada, como disse o Senhor e como nos repete o Evangelho, a um contínuo processo de conversão a seu Senhor, é um processo de purificação e de renovação».

«O abandono de uma parte notável do povo de Deus da Igreja Católica por parte de pessoas que saem a buscar outras comunidades nas quais esperam satisfazer sua busca religiosa ou uma sede de espírito de família, de espírito de comunidade, propõe sérias questões à Igreja.»

Este fenômeno, acrescenta, propõe a obrigação «de verificar a qualidade de sua obra de evangelização, da educação na fé e da edificação de suas comunidades».

«Sempre repito os bispos e os sacerdotes que propõem o problema da capacidade de acolhida e de escuta das pessoas por parte dos bispos, por parte dos sacerdotes», sublinha.

«Portanto, trata-se de estar perto das pessoas, de ser acolhedores, como ensinaram os grandes santos bispos, como mostrou o Papa João Paulo II em sua autobiografia, quando diz: ‘Tentei e tento ser acolhedor, estar próximo das pessoas’, e como nos ensina o Papa Bento XVI com sua capacidade de escuta, de proximidade.»

«As pessoas que o encontram, ainda que só seja por um momento durante as audiências, se sentem transfiguradas porque têm quase a percepção de serem tratadas como um amigo, pareceria que é um encontro entre velhos amigos.»

«Isso é algo muito belo, é um ensinamento. Parece-me que é também um meio simples, mas eficaz, para impedir este êxodo de nossos cristãos católicos», conclui.

***

Fazendas da Esperança, superar drogas com base no amor e no trabalho
Bento XVI visitará no sábado a Fazenda de Guaratinguetá, uma das muitas que existem no mundo

SÃO PAULO, quinta-feira, 9 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Mais de dois mil jovens reabilitados de seus vícios esperam, na Fazenda da Esperança de Guaratinguetá, a visita, no próximo sábado, 12 de maio, do Papa Bento XVI, que desde esta quarta-feira se encontra em terras brasileiras, em sua primeira viagem apostólica ao país.

O responsável do Departamento América Latina II de AIS, Ulrich Kny, assinalou que «o fato de que o Santo Padre destine um dia de sua breve estadia no Brasil à Fazenda da Esperança demonstra a importância do problema das drogas e até que ponto valoriza a iniciativa do Frei Hans Stapel».

«Esta iniciativa não gira só em torno da desintoxicação, mas também da descoberta de que Deus nos ama e da tentativa de começar do zero -- acrescenta. Os reabilitados dão um vivo testemunho de cura através de Deus em nossos dias, e assim o Evangelho tem uma continuação.»

«As drogas são um substituto para a falta de amor»
Venderson começou a consumir drogas e álcool com apenas oito anos. O seu vício foi seguido pela delinqüência, o abandono do lar e a perda sucessiva do trabalho.

Tudo isso o leva, agora, a afirmar que se converteu «em um pária da sociedade». Mário começou seu «idílio» com as drogas mais tarde, com dezessete anos. A morte de dois irmãos e a quebra que sua família sofreu motivaram que o consumo esporádico de haxixe se convertesse em habitual. Há quatro anos sua esposa viu na Internet um anúncio das Fazendas da Esperança, e decidiram que Mário devia mudar-se para a fazenda de Santa Rita, em Gararu.

No caminho rumo à fazenda, Mario não parou de beber álcool, pelo que chegou completamente ébrio às suas instalações. A acolhida que recebeu em Santa Rita o fez compreender, reconhece, que as drogas são um substituto para a falta de amor, a ausência de auto estima, a carência de amor à vida, ao próximo e, sobretudo, de amor a Deus. Em 2004 abandonou a fazenda curado.

As de Vanderson e Mário são somente duas histórias «surgidas» das Fazendas da esperança, uma iniciativa apoiada por Ajuda à Igreja que Sofre que dá um futuro a pessoas abandonadas pela sociedade, a pessoas que se criaram distantes de Deus ou que se afastaram d’Ele.

Porque, além de centros de desintoxicação de drogas e alcoolismo, as Fazendas da esperança se converteram em autênticos centros de reevangelização para as pessoas que chegam às suas instalações.

Frei Hans e a origem das Fazendas
A origem das Fazendas da Esperança se remonta à chegada, em 1979, do sacerdote franciscano Hans Stapel à paróquia de Nossa Senhora da Glória, em Guaratinguetá (São Paulo).

«Frei Hans» -- que assim é como o conhecem lá -- pôs em andamento uma série de iniciativas sociais baseadas no Evangelho: «O que fizeste a uns destes meus irmãos pequeninos, a mim o fizeste».

Um jovem da paróquia, Nelson Giovanelli, levou especialmente a sério estas palavras, e se esforçou ao máximo por ajudar, de forma concreta, os jovens dependentes químicos da área onde vivia.

Estabeleceu contato com eles, e com gestos de caridade e amor desinteressados foi ganhando sua confiança, até que um dia o grupo decidiu estabelecer-se como comunidade.

Tal grupo, acompanhado de Frei Hans, não só se propôs viver, dia a dia, a prática do Evangelho do amor cristão, mas também a viver de seu próprio trabalho.

Estes dois aspectos continuam sendo, até o dia de hoje, a fórmula do êxito destes centros. Na atualidade, há mais de trinta fazendas no Brasil, uma no Paraguai, uma na Argentina e outra nas Filipinas.

Na Alemanha também estão funcionando outras duas fazendas, e neste momento, o projeto de reabilitação de dependentes químicos está estendendo-se pelo México, Guatemala e inclusive Moçambique.

Nem drogas substitutivas, nem psicólogos
O índice de êxito de 84% se alcança sem drogas substitutivas, sem medicação nem ajuda de psicólogos. Em seu lugar, os dependentes químicos devem viver em comunidade e trabalhar para assegurar seu sustento.

Desta forma, aprendem que cada pessoa é importante e que todos devem contribuir para que a comunidade não se desintegre. Cada grupo desempenha uma tarefa específica, dependendo da situação particular de cada fazenda e das oportunidades que ofereçam para substituir.

Uma das últimas Fazendas da Esperança é a de Santa Rita, que começou a funcionar em dois edifícios situados nas margens do rio São Francisco, junto aos quais se distribuíram vários estábulos para animais.

Atualmente, vivem aí 16 pessoas em vias de recuperação. Poderiam ser mais, mas para isso seria necessário ampliar e melhorar a infraestrutura e, entre outras iniciativas, querem converter um antigo orfanato em uma pequena fábrica de doces de leite e mel, cuja venda ajudará a cobrir os gastos de funcionamento da Fazenda da Esperança.



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