É engraçado como o Brasil sai sempre na mão contrária. Ao estudar a política de outros países percebemos que existe normalmente um modelo a ser seguido. Os políticos desses países gostam de se espelhar no modelo ou sonham alcançá-lo.
Nos Estados Unidos da América, por exemplo, a imagem do político a ser buscada é de Roosevelt.
Claro que em todos os países onde a democracia é o regime político e depende do voto do povo para eleger seus governantes a politicagem existe. Porém aqui no Brasil ela prevalece.
O que é politicagem?
Ora, é a anticampanha. Onde o candidato que está perdendo nas prévias, ou como se prevê aqui no Brasil, nos levantamentos dos índices de probabilidade de votação, lança mão de expedientes mesquinhos e pequenos para ofender seu adversário e desviar sobre ele os olhos críticos do eleitor.
Como se faz isso no Brasil?
Para isso existe o antimodelo. Aquele do impeachmant, que gerou o trauma do brasileiro. Equiparado a ele a candidatura tende a despencar.
O mercado financeiro, já nervoso, toma ares de fissuras extremistas. Isso gera desencanto e um profundo pessimismo para o futuro. Mas o que sumamente entristece é ver que o eleitor ainda aceita esse tipo de argumento mesquinho e inicia uma dança de índices.
A pergunta que fica sem resposta é: onde está a maturidade do povo brasileiro? Deixar-se manipular por argumentos que devastam a imagem do adversário não induz a se concluir que o manipulador será melhor ou tenha imagem impoluta.
Não bastasse isso os revides são ferozes e a insensatez toma campo.
Para o candidato que se mantém à distância de toda essa trama obviamente será seguir seu plano de campanha e chegar sozinho ao poder.
Questiona-se assim o intelecto daqueles que se engalfinham em busca de espaço. A manipulação pode alcançar seus objetivos imediatos, porém a continuar nesse passo não alcançará, com certeza, o objetivo final que é a presidência do Brasil.
O melodrama engendrado continua e cabe somente ao povo definir se isso irá tornar-se ponto de referência para as próximas eleições.
Votar em um candidato à presidência de um país é definir os rumos que a nação seguirá. Essa responsabilidade é de cada um, portanto inalienável e intransferível. Não cabe deixar-se manipular por argumentos irresponsáveis, porque eles também falam sobre o caráter daquele que os usa.
Ao lado disso, o discernimento, a maturidade e a consciência do eleitor ao votar é que definirão se o Brasil do futuro poderá ser celebrado com a esperança de dias melhores ou simplesmente nos colocará novamente no caminho triste do desalento e do desemprego que continua a gerar a violência e a insegurança.