Cada vez que do rádio tiro a frente
ao encostar meu carro em qualquer rua,
penso neste país tão deprimente,
terra de roubalheira e falcatrua...
É um povo de ladrões, que sempre atua
quando a oportunidade surge à frente?...
Se for pela verdade nua e crua
do dia-a-dia, é isso o que se sente...
Poderia um confiante jornaleiro
deixar a banca, por qualquer razão,
sem que algo surrupiasse um brasileiro?...
Deixaria um político ou magnata,
na certeza de nula punição,
de ganhar mais em sórdida mamata?...
05/2006
Página 2006-108 de "O Poeta Eletrônico"
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