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Discursos-->A arte de ser feliz -- 04/09/2002 - 23:53 (Alberto D. P. do Carmo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Por que é tão difícil essa tal de felicidade? Que segredo está escondido no cosmos, que alguns vibram iluminados, e outros vivem em eterna depressão? O que essas pessoas fazem a mais que nós? O que fazem de diferente, que são felizes e nós vivemos numa luta interminável? E parece que nunca há luz no fim do túnel.

Não importam os livros, os ditos e não ditos, as teorias, as frases de auto-ajuda, as justificativas pessoais. Há uma verdade que paira há milênios sobre nosso planeta, uma coisa simples, que requer píncaros de sabedoria, ou simplicidade, para ser atingida. E apenas sabê-la não é suficiente. Mais que saber é preciso agir com inteligência, sob pena de passarmos à história como acéfalos ineficientes, anti-produtivos, mesquinhos e de uma ignorância de fazer inveja aos mais rudes trogloditas.

Então, por onde começar? Talvez levantando os olhos, e observando que o mundo vai bem mais além do nosso umbigo. Que tal começarmos pela família? Afinal, é nesse ninho que estão os seres a quem mais devemos atenção, dedicação e, embora difícil, uma santa paciência. Também é aqui é onde estão nossas maiores alegrias, os ombros que sempre nos acolhem, as palavras carinhosas, dedicadas, imparciais, ou parciais, se preciso for.

Então que tal prestarmos mais atenção a esses nossos pais, filhos, irmãos e irmãs, e também aos cunhados, cunhadas, tios e tias, avôs e avós – parentes de até segundo grau estão no páreo. Será que é tão difícil perceber que é aqui que se encontram nossas maiores obrigações, e nossas maiores alegrias? Será que não somos capazes de perceber que temos ao lado nossos melhores amigos, e mesmo nossos melhores inimigos? Todos juntos, tentando aos trancos e barrancos encontrar o próximo degrau da escada. Será que nossa ignorância e egoísmo nos tingem a visão a tal ponto que vivemos olhando para nosso umbigo enrugado o tempo todo?

Quanto custa prestar atenção nesses seres que nos rodeiam? Nem me venha com a desculpa mais que esfarrapada que tem de trabalhar e não tem tempo pra mais nada. Essa falácia só fica bem nos fracos e, convenhamos, você, e eu, queremos estar na ala dos fortes. Ou não?

Trabalhar oito ou dez horas por dia é o mínimo que qualquer candidato a terráqueo minimamente bem-sucedido deve fazer diariamente, com pausa para não mais que três refeições diárias, incluindo o “breakfast”, ou o “brunch”, para os mais frescos.

Ora, e nas horas que sobram você faz o quê? Fica morfando feito um cachaço? Fica cuidando das suas conveniências mesquinhas? Pensa que isto aqui é área de laser, onde te mandaram passear e reinar absoluto, ou absoluta? E que precisa de gente fazendo o trabalho pra você, até mesmo o mais básico da sobrevivência? Ora, deixa disso, vai pôr água no feijão.

Se o Chico Xavier, um dos - senão o único entre nós- homens mais sábios de quem tivemos o privilégio de ser contemporâneos, dizia: - Servir sempre, sem esperar retorno! - o que você pensa que é para vir com outra modalidade de viver? Baseado (ops!) em quê você vem com essa lorota? Em Freud, Kafka, Sartre, Madame Min e outros malucos desequilibrados que andaram vendendo suas poções mágicas, e não passaram de doentes mascarados pelo marketing dos tempos? Veja como foram felizes suas biografias. E aqui, quem não é feliz perdeu o bonde do mundo “competitivo”, foi um fracasso, trocou alhos por bugalhos, marcou bobeira, deixou de fazer o que deveria. Competiu demais, onde era era um amistoso.

Se você não dá urros de felicidade, se não tem síndromes de caridade, cólicas de solidariedade, diarréias de atividade e arroubos sísmicos de alegria, seja mais prático porque, pelo jeito, seus paradigmas andam mais desenganados que doente terminal, ou cabo eleitoral. Fora o fato de o senhor, ou a senhora, ou nós todos, sermos de uma preguiça que causa inveja a qualquer molusco. Caia na vida, faça algo que preste, vá além da labuta diária. E pare de reclamar, mesmo porque só você é o responsável pelo seu futuro brioso, ou desditoso. E não adianta vir com conversa fiada de que não acredita nessas coisas, porque isso só vai afetar seu colesterol , além de dar uma dor de barriga de encher qualquer vaso – fora o refluxo clorídrico-estomacal, má digestão, escarlatina e lumbago. E se acredita, está esperando o quê pra fazer alguma coisa?

Aliás, caridade é uma palavra meio mal entendida e fora de moda: não é cult, parece coisa de gentinha, ou coisa que a gente resolve dando uma cesta básica em qualquer campanha da fraternidade, dessas que vivem inventando. Bem, não sei se você sabe mas, agüentar um pentelho indolente e/ou arrogante e/ou orgulhoso e/ou ignorante e/ou preguiçoso e/ou egoísta, como você e eu, além de prática e habilidade, requer muita caridade por parte do personal trainer que cuida deste planeta, chame-o pelo nome que quiser. Ou não o chame.

E não me chame de radical, porque no mundo não há meias-verdades, só verdades. O Universo é radical, nem poderia ser de outra forma. Se não acredita, veja algum vídeo da National Geographic sobre erupções vulcânicas, ciclones, tornados e greve dos metroviários. E qualquer dilema é importante, não importa o calibre, pois é um dilema. Ou é, ou não é. E dilema é igual a teorema: tem que resolver e passar para a próxima pergunta. Senão repete, faz de novo, vem outra vez, até que a sua moleira se dobre às evidências e às ocorrências - questão de tempo. Do seu tempo, claro. O tempo é seu, faça dele o que quiser. Faça nada se quiser, durma, alugue um vídeo, vá correr no Ibirapuera, ou na academia, correndo sem sair do lugar.

Como saber? Simples, olhe para sua vida. Está boa? Ótimo, prossiga para a próxima etapa. Está ruim? Então mude de paradigma. Acho que você deve ser inteligente o suficiente para achar outro atalho nos tantos que encontra a cada dia, a cada minuto. Mas aja! Deixe de ser um molóide, um inútil, um faz-de-conta, um mimadinho. Produza alguma coisa, nem que seja gases nos intestinos – já é um começo!

E se essas palavras “ferem” seu orgulho de pavão, o problema é seu, porque nada que eu dissesse poderia mudar seu rumo, nem suas verdades. O seu próximo passo é um problema exclusivamente seu, você escolhe o chão onde vai pisar agora e amanhã. E não reclame! E se tiver outras verdades mande por e-mail – sugestões são sempre bem-vindas, e tudo é discutível, menos a impotência.

Servir, ser útil, não deixar escapar um segundo sequer sem ajudar o planeta e suas gentes é sinal de sabedoria, e inteligência. Sábios verdadeiros são felizes, infelizes são os sofistas da vida. Viver cansa, dá suor, dá trabalho, toma tempo o tempo todo. Quem mandou ser preguiçoso, como eu, e ainda estar aqui no planeta tentando uma boquinha de última hora.

E claro, você pode continuar com suas idéias, afinal eu posso estar completamente enganado, e você ser tão sábio que está esperando o quê pra escrever seu livrinho de auto-ajuda e faturar uns trocos às custas dos fragilizados-urbanizados-insatisfeitos precocemente ejaculados?

- Servir, servir sempre, sem esperar retorno. O tempo todo, todos os segundos, em cada detalhe.

Será que eu consigo? Well, nem que seja pelo cansaço, vou pelo menos decorar essa frase. Quem sabe um dia eu chegue lá... amanhã pela manhã, no máximo! E não antes das 9h, porque madrugada é coisa pra boêmio. Acomodado é a vó!

Quanto a você... bem, isso é problema seu!

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