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Cronicas-->Exaltação ao Ano Novo -- 29/12/1999 - 00:43 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
email:vaniam@zaz.com.br
http://www.terravista.pt/FerNoronha/5843

Ele se vai, alquebrado e triste, levando o remorso e a dor de tantas coisas amargas , o rosto conturbado, a barba branca por fazer, os olhos lacrimejando do tempo percorrido , sem mais o brilho de mocidade e esperança. Ele se vai, sem contudo erguer a cabeça , tão infeliz e sem nenhum orgulho pelo que não foi conquistado, esquecendo que em alguns momentos a alegria brilhou, embora fugaz e apática. Ele se vai lentamente, carregando o fardo da desesperança e sem poder lembrar-se em sua velhice do que esparziu em alguns momentos de glória. Ele se vai, sem sequer ter consciência da luta, dos dias empreendedores, das realizações luminosas que interceptaram o seu caminho sofrido. E então promete a si mesmo que se um dia voltar ao mesmo destino trará alegrias e espalhará esperançosos pensamentos, procurará semear a bondade, o crédito, a solidariedade, o companheirismo e a compreensão. Ele se vai deixando em seu lugar uma luz que começa a brilhar no momento que a sua desaparece ofuscada. E então surge o festejado Ano Novo.

Não é apenas o Ano Novo, mas como dizem todos um Novo Milênio..Uma nova era.

Tudo fica no esquecimento, a não ser a alegria da próxima comemoração. E o Ano 2000, tão formoso e liberto aparece cheio de gentil formosura, ereto como o outro se fora encurvado, risonho como o velho jamais teria sido no século anterior.

Começo a lembrar das brejeirices de 1900, que nos trouxe tantas amarguras, porém que nos consolou com inventos espetaculares , principalmente aquele aparelho que nos colocou mais perto um do outro como o telefone mas que nos separou justamente porque não víamos mais necessidade de vermos as pessoas de perto.

Faço votos então para que o Novo Milênio una as pessoas e as traga solidárias e amigas para perto de seu semelhante.

Divisando a sol que entra trazendo-nos o formato esplendoroso do ano 2000, penso nos milhões de pessoas sofrendo e sofridas que em volta do mundo ignoramos e pelo menos nesse momento de comemoração fazemos promessas de ajuda e união.

Lembremos mesmo dessa era que se vai e que nos trouxe além do telefone, os avanços da medicina, remédios importantes como Azt e a pílula anticoncepcional, o transplante e muitos outros avanços no campo da medicina. Esse velho século que nos livrou da paralisia infantil e de muitas outras pestes que assolavam o mundo e com o nascer das vacinas nos libertou.

E no início dele não soubemos dar o devido tributo ao Mestre Santos Dumont que com seu pequeno dirigível encantou o mundo, passeando em torno da Torre Eiffel.

O velho nos deixou tantas coisas boas, embora em sua triste saída não lembre delas, que mudou radicalmente nossas vidas e nos trouxe progresso nunca antes imaginados como o computador e a internet .

Claro que como assim nos legou esse conforto indescritível, divisando um mundo muito além do que sonhávamos inseriu em seu contexto pela própria força do progresso as sequelas duras e difíceis.

Divisamos o século que chega com toda a força de um apogeu festejado pelo mundo e, entretanto no paroxismo desse momento cujo torpor, não sabemos calcular, pedimos consciência para os valores que se aproximam nessa lenta vibração dos últimos momentos de espera.

Queremos uma nova era, sim. Com progresso, conforto e condições satisfatórias de vida. Mas sabemos também que isso significa sofrimentos para os menos favorecidos e desejamos contribuir para que na sofreguidão de esperanças e alegrias incontidas não deixemos de pensar e lutar pelos ideais de uma minoria que também almeja dias felizes.

Na meditação do que se foi e para onde iremos, à distància dos 2000 anos de nascimento de Jesus nos traz reflexões que sem fanatismos, podem nos levar a conclusões estarrecedoras, porém almejamos que tragam em seu bojo uma dose de solução para tantos problemas que assolam a humanidade.

O novo século continua a chegar viçoso na sua extrema juventude sem o achaque do velho período que se vai ainda lento e cansado e saudamos essa juventude brilhante que chega ainda muito inexperiente, porém regurgitante de intenções entusiasmadas e gentis a nos sorrir confiante e sem o peso dos anos sofridos.




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