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Poesias-->Sal de Marília -- 13/06/2006 - 21:07 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) |
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nem avisaste que ias
ficou tanto silêncio
desde a primeira e única visita
julguei-te eterna
com o sapo na varanda
a trepadeira invadindo o muro
o tectec do computador atravessando a noite
e sempre, sempre esse amor desarvorado
pelo amar em si, pelo gosto do beijo
da brincadeira sensual
a fantasia misturada
ao real da poesia
sal de marília
lembro a estrada,
o vinho, o almoço
as fotografias
sal de marília
foi-se
e brejeira como era
deve andar saltitante entre os anjos
contando-lhes histórias
provocando-os
enlouquecendo-os com sua risada e ironia
demora, sal
volta logo não
que esse mundo novo
ainda custa a se fazer verdade
vai escrevendo teus versos
que as horas passam
e um dia vamos fazer por merecê-los
quando o poema que está criança
tornar-se homens e mulheres livres
vai escrevendo teus versos
que esse caminho
está sendo construído por uns tantos
- há uma brisa morna indo adiante
sal de marília
vai escrevendo teus versos
que o novo tempo está sendo forjado
a duras penas
quando voltares
haverá um mundo novo
sorridente
e tu serás de novo musa e rainha
e teus versos estarão nos muros
como estão no coração da gente
Para Olympia Salete Rodrigues
por sua história, por suas dores, amores, poemas
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