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Cronicas-->Onde já se viu! -- 22/12/2003 - 12:17 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
João Albert recebeu a sua indenização de um ano trabalhando na Cameron Company Beer. E feliz naquele dia chegou em casa assoviando.
Sua mãe disse logo: _ Netinho ganhou algum dinheiro!
Por que a senhora diz isso D. Zulmira ? Inferiu D. Fátima, a vizinha, que havia indo pedir emprestado um pouco de café.
-Ora por que?
-Você já viu o Netinho feliz de outra forma?
Com uma expressão no rosto a vizinha respondeu a pergunta.
Netinho , ou melhor, João Albert Paulo Augusto Pablo Michael Jorge Azarel Nazareno Manfreedi Raimundo Afonso Carlos José Damas de Neto foi entrando abraçando e respondendo com bons modos.
D. Zulmira perguntou só para ver o jeito: - meu filho o que faz de você hoje está tão feliz?
Ele respondeu: Ah! Mamãe, ganhei na justiça aquela questão do bar em que trabalhei!
Disse a mãe: - Que bom meu filho! Procure agora abrir uma poupança.
Respondeu o filho: Corta essa mãe, por hora tenho que comemorar com os meus amigos, afinal não são todos os dias, que se prova na justiça a sua honestidade.
A mãe: - Menino, olhe bem o que vai fazer. Não vá gastar tudo e depois ficar olhando para o tempo!
Te lembras que somos pobres, e tudo o que conseguires é bom dividir nas despesas aqui em casa. Tu sabes que o teu pai está desempregado e a tua irmã dá um duro danado para se formar. Olha bem o que tu vais fazer!
Netinho, um rapaz pobre, de pouca instrução, mas de muita generosidade, muito humilde e respeitador, só um pouco falador e muito extravagante.
O pobre, que trabalhava como garçom tinha sido acusado por seu gerente de ser negligente em seu serviço e quase sempre chegar atrasado. Na verdade era uma forma de enxugar a folha. Só que essa forma de gerenciar, custou uns bons trocados ao dono do bar.
Com toda essa afinação, com toda essa história, Netinho como era conhecido em casa, não deu ouvidos ao que disse sua mãe.
Saiu a noite e com os seus amigos gastou até o que não tinha. Quando o dia amanheceu e a lua, Cinderela na noite escura se viu no córrego do rio a se banhar...João Albert acordava de nada.
Olhou pela janela a fora e começou a maldizer o mundo, as pessoas e o que é pior, a Deus.
D. Zulmira se estressou e disse :
-Menino isso é um absurdo! Você recebe um bom dinheiro, gasta tudo numa noite só com os amigos e no outro dia quer culpar Deus.
Isso realmente é o fim do mundo.
- Seja mais maduro, cabeça de vento! Como pode olhar só o momento.
- Lembre-se: por mais que você não exista, haverá sempre o amanhã. E você como muita gente por aí, acha que tudo se resolve sem planejar.
- O mundo não foi feito só num dia meu querido filho!
- É por isso que temos muitas vidas inacabadas, muitas obras por terminar e muita miséria para somar. Pois nesse país ninguém usa a cabeça para pensar.
- Eu bem que te falei, mas se conselho fosse bom, ninguém daria, era vendido. Agora estamos juntos no mesmo barco né!
- Só não te dou uma petelecadas, por que já não tenho mais idade, prefiro gastar o meu tempo com coisas que valam a pena, não com um bubão.
- Deixa estar, se não queres aprender comigo. A vida meu amigo é quem vai te ensinar!
Ouvindo o que D. Zulmira falou, João Albert, baixou a crista dentro de casa, se arrumou e saiu a procurar um novo emprego.
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