Porque a queixa de não ser amado?
Do teu amor tão consagrado.
Tens vida em profusão,
Dentro de ti, o calor de um vulcão.
Não existe dor mais traiçoeira,
De ter no coração, uma geleira.
De não conseguir,
De não sentir,
A paixão de viver,
A loucura de ser,
O sangue que pulsa e lateja,
Mesmo a dor que caleja.
É, entretanto, a vida, a veia
Do sangue que semeia,
A truculenta sensação,
A tangente emoção.
A fé que alimenta o pulso,
Do coração convulso
A dor pode ser vida.
Força que alimenta,
E a felicidade se reeinventa.
Pois, teu coração tão terno.
Rejuvenescido, logo esquecerá este inverno.
Consumindo as neves frias.
Aquecendo existências vazias.
E a pessoa julgada incerta,
Chegará na hora certa.
O amor lânguido espera,
A mais doce primavera.
Explodindo em beleza e flores,
Por teu caminho, por onde fores.
Tens a alma abençoada, que se inflama.
A sensibilidade de quem vive e ama.
Não ser amado, é dor passageira.
Nada igual a sina hospedeira,
De ter um coração gelado,
De não se envolver e, nunca ter amado!
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