Interessante. Ao mesmo tempo em que sei que sou praticamente um desconhecido neste site, fico com a nítida impressão de que já conheço alguns de vocês. Não só pelo discurso, mas talvez porque muitos somos de uma mesma geração, que teve a maravilhosa oportunidade de compartilhar movimentos às vezes rebeldes, às vezes tão somente originais, mas que sem dúvida deixaram marcas na nossa formação.
Creio que a maioria da minha geração, motivada pelos festivais da canção que eram intensamente promovidos nos anos de chumbo, acabou tendo seus dez minutos de palco. Participei de vários festivais, mas suburbano que era (sou), acabei não me aventurando em grandes promoções televisivas, acho que mais por falta de quem me orientasse.
Todos nós que curtimos movimentos como Clube da Esquina, os cantores bahianos etc, se não temos a verve poética manifestada através de escritos, com certeza a temos encubada no nosso subconsciente, esperando o momento certo de escapulir para o mundo exterior.
Aprendi muito mal a contestar, mas o pouco que aprendi, devo à geração da qual participei (não tão ativamente quanto gostaria). Afinal, existem outras barreiras, como a própria personalidade de cada um.
Já que o papo é liberdade (no caso, de expressão), vou deixar uma poesia por aqui para ver se estimulamos mais ainda o nosso direito de falar para quem quiser ouvir.