Os EUA querem a todo custo atacar o Iraque, com a desculpa de que precisam derrubar Sadam Hussein para que o país não desenvolva armas de destruição em massa. Essa é a justificativa americana, contudo isso não passa de mera desculpa. Os verdadeiros motivos são bem esses.
Motivos para ataca-lo até que existem, mas fica difícil acreditar nas justificativas americanas. Os EUA não podem alegar que Hussein é um ditador. Até pouco tem os EUA apoiavam uma série de ditaduras na América Latina e na África. Ou será que quando o ditador está alinhado aos EUA, ele é diferente de um que não esteja? Não ser pró-EUA torna o ditador mais ditador do que sendo? Claro que não! Ditador é ditador em qualquer lugar e sob qualquer regime.
O que interessa para os americanos é o interesse das empresas americanas. E quando algum país ameaça esses interesses, os EUA farão de tudo para derrubar o governo e por no poder outro alinhado aos seus interesses. O mais recente caso foi o fracassado golpe militar contra Hugo Chaves na Venezuela. Enquanto Chaves estiver prejudicando os interesses americanos, vai estar sempre na eminência de ser deposto por um golpe militar.
Muitos podem até dizer, mas qual o interesse das empresas americanas no Iraque? Muito simples: o petróleo. Os EUA querem um governo pró-EUA no Iraque para que as empresas americanas possam ter acesso à extração de petróleo. Além disso, um país produtor de petróleo pode muito bem utiliza-lo como arma, suspendendo a produção e provocando um aumento drástico no preço do petróleo. O que causaria grandes estragos à economia americana e mundial. A OPEP já fez isso na década de 70. Imagine Iraque, Irã e Venezuela suspendendo a produção?
Outro motivo para o interesse americano no Iraque, seria usar uma invasão para testar novos armamentos. Não foi isso que fizeram em 1990, com o mesmo Iraque, e na Guerra de Bósnia-Hezergovina? Os EUA estão sempre necessitando de uma guerra para testar seu poderio militar. Infelizmente contra o Teleban, no Afeganistão, não houve tempo. A Aliança do Norte os derrotou com muita rapidez.
Outro motivo é usar a guerra contra o Iraque como uma forma de reativar a economia americana. Ela está praticamente estagnada, apesar dos EUA terem baixado os juros aos níveis mais baixos das últimas décadas. As guerras sempre funcionaram bem para os EUA quando a assunto era reativação da economia. Haja vista a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Além desses, existem tantos outros motivos, inclusive os usados pelos EUA. Agora dizer que os EUA, de um momento para outro, se tornaram os guardiões dos interesses mundiais é ser ingênuo demais. Nunca os EUA estiveram preocupados com os interesses de outra nação a não ser os seus próprios interesses. A ALCA é um grande exemplo disso. Não passa de interesse americano para abocanhar o enorme mercado consumidor dos países americanos.
Felizmente, os EUA já não são mais aquela nação que tinha a Europa aos seus pés. Nem mesmo a Alemanha, sempre afinada aos americanos, agora começa a se rebelar contra. Como disse um grande historiador há pouco tempo: O imperialismo americano está entrando em decadência, e os EUA estão lutando desesperadamente para se manter como império. A história, porém, está contra eles: Até hoje, todos os impérios ruíram. Por isso, os EUA ou vão ter que se viraram sozinhos, com um ou outro apoiando, ou não vão atacar. Porque dificilmente vão conseguir autorização da ONU para tal fim.
