Pela derradeira noite,
entre estrelas,
brilhos...
por entre os trilhos:
sabor a noctívaga sorte,
conhaque dos infelizes,
passadeira da morte...
Invoco-te, cálida noite
como um suave açoite
na pequenez desta vida!
Vibro na tua palavra calada
mil vezes amaldiçoada...
já esgotada,
reinvento o Amor:
sinto a brasa...
calor que vergasto,
exijo-me: o corpo está gasto!
Mas a alma enlouquece
na cálida noite,
quando tudo apetece!
O corpo carente adormece,
e o sonho, esse, permanecce!
Elvira:)
|