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cronicas-->O TUDO DO NADA -- 21/12/2003 - 00:09 (Edison Gasparim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tudo cabe dentro do nada. E cabe mesmo! Pode ter certeza. E o que lá se põe, também fica para sempre.
O nada é o maior depósito de todas as coisas, de todos os sentimentos, de tantas angústias, dos maiores temores... de uma só palavra ou de uma história inteira; guarda um lampejo de um sonho e iluminadas realizações... guarda tristezas, mas também e principalmente guarda a alegria.
Tudo está lá, guardado no nada, e ninguém sabe direito como; uma organização esquisita, sem sentido. Tudo misturado e ao mesmo tempo bem arrumado.
E, de repente, como que vindas do nada, elas ressurgem... inteiras e tão completas em seus detalhes que o nosso imaginário é iludido, e daí, temos a impressão de que tudo é real, que está ali, a um passo de distància apenas.
São as lembranças, as recordações, um fato, uma história ou até um passado.
Tudo vem quando menos se espera; chegam por vezes nos alegrando e nos fazendo felizes. Se demoram ao nos contar tudo quanto já sabemos, mas que, por incompreensível desejo precisamos saber de novo... de outra vez ,são rápidas como a luz, mas não negam sua cota de informação e tudo o que fica é a cisma de que aquilo foi algum sinal.
São estas a peripécias do nosso pensamento, ou se poderia dizer da Vida... ela que nos quer sempre ativos e prontos a fazer uso de tudo que existe e, neste aspecto também se inclui o pensar, e o recordar.
Então, por que a Vida parece que sempre nos prega uma peça? Pra quê trazer à tona algo quase irreversível da nossa existência?
Alguém já disse que "Quanto mais para trás pudermos olhar, mais à frente, poderemos enxergar!"
O que se conclui é que a Vida nos pede para calcularmos nosso tempo e não voltarmos nele.
Em verdade, as lembranças que temos não vêm do `nada´, porque ele é apenas o depósito de tudo. Somos nós que entramos no nada. Entramos com a permissão da Vida que sabe o que é bom ou ruim para cada um e assim, deixa que recordemos os bons momentos, para ficarmos um tanto felizes, mesmo sabendo que talvez nem possam mais se tornar realidade.
Deixa também que encontremos com nossos dissabores para que fiquemos mais contentes ainda, por já termos superado essa fase.
Por fim, a Vida quer que ao sairmos do nada tenhamos alegria de verdade, que é pelo fato de se ter vivido tudo e tanto, e mesmo assim, basta um querer e temos tudo de novo!

"Para a Sílvia"
Edison Gasparim - 2002
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