SOLEDADE
A cantina saudosa,
lá da estação,
parece ainda estar
esperando vagão.
O terreiro batido,
na dança que vinha
em noites de estrelas
tão suas, tão minhas.
O ribeirão, nosso mar.;
claros peixinhos
por entre nossos pés,
nadando ligeirinhos.
A moda cantada
a noite inteirinha.;
nego véio dizendo
é "sole" e "vivinha".
A cerveja, cachaça,
bebidas com gosto,
quentura e fogueira,
vermelho no rosto.
Depois o namoro
no sossego do quarto,
compasso de grilos.;
nosso amor era mato.
E por isso, demoro
em vir para cá,
tudo aqui me bole,
tudo aqui me dá
saudade da "sole".
Riva
05/06/06
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