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Contos-->O roubo do isqueiro -- 02/05/2005 - 18:19 (Nelson Maia Schocair) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
 Roubaram o meu isqueiro de ouro!
Com essa exclamação, começaria outra desventura de Cremilço José, o Bebum.
O tio de Ricardo era um homem de muitas posses: gado de corte e leiteiro; soja; milho. Ainda que não aparecesse com freqüência no Rio de Janeiro, quando podia estar presente, patrocinava festas maravilhosas.
O grande dilema de quem já possui muito dinheiro é ter como, por quê e com quem gastar, afinal, “o que falta?”.
 Uma casa no alto do morro! Um morro só meu, sem favela em volta. É isso...
E assim fez o tio rico de Ricardo. Comprou uma casa, ou melhor, um morro e mandou construir a casa mais bonita da cidade.
Excentricidades à parte, a mansão era descomunal: três salas, dez quartos – sendo sete suítes de casal – três banheiros sociais, lavabo, copa, cozinha, lavanderia...
Era um palácio!
Para a inauguração, foram convidados parentes e amigos – alguns influentes, como convém a um homem de interesses vários.
Ricardo decidiu convidar Joãozinho e Carlinhos, companheiros inseparáveis de juventude. Cremilço, um penetra de carteirinha, ao descobrir a festa, “convidou-se” também.
A casa era finamente decorada: só as torneiras dos lavabos, banhadas a ouro, eram mais caras que os carros de alguns dos convidados. Também se destacava a quantidade de seguranças envolvida no evento.
Cremilço, que até aquele momento, comportara-se bem, resolve ir embora.
 ...mas você ainda não bebeu nada!
 Hoje eu não estou a fim...
 É cedo, fica mais! – ainda ponderou Joãozinho.
Não teve jeito. Bebum decidiu e foi.
Não haviam se passado cinco minutos, quando aparece um dos seguranças, acompanhando o ilustríssimo fujão.
Alvoroço geral!
O Desembargador dera falta de seu isqueiro de ouro maciço e acionara o alarme.
Bebum fora barrado na guarita da entrada e, para surpresa de seus amigos, o objeto do furto estava com ele.
 Alcoólatra ainda vai, mas ladrão é demais. – gritava um irado Ricardo.
O tio decidiu registrar queixa na delegacia do bairro e todos os envolvidos, direta ou indiretamente, acompanharam-no.
 ...mas eu não roubei... Eu, eu achei!
 Senhor...
 Cremilço José de Oliveira...
 Se o senhor achou, por que não procurou saber a quem pertencia?
 Delegado, achado não é roubado. Eu tava indo embora e achei o isqueiro no chão, aí eu peguei e levei...
Afastando o tio do meio da confusão, Ricardo convenceu-o a aceitar o pedido de desculpas de Bebum.
Embora relutante, acreditava que seu sobrinho deveria ter melhores companhias, o Desembargador reconsiderando e retirou a acusação.
 Bebum, eu vou te dar o número do telefone de um psicólogo, amigo da minha mãe, pra você ligar e marcar uma consulta. – decidiu Carlinhos pelo amigo.
 Eu não tô maluco...
 Amigo, a birita vai te matar. – sentenciou o estupefato Joãozinho. Ricardo, vai ver ele achou mesmo...
 É, amigo, o seu tio está velho e...
 Pode ser, mas pelo menos ao médico ele tem que ir!
 Concordo.
 Eu também.
 Alguém tem uma caneta...
(...)
 Eu, – diz Cremilço – eu tenho essa caneta dourada que eu achei na delegacia...
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