TROVOADAS
Sabe da solidão
que amua o peito,
desarvora a gente
e deixa sem jeito?
Sabe da tristeza
que nasce devagar
e que de repente
tá em todo lugar?
Sabe essa falta,
essa muda agonia
de saber-se longe,
tudo o que havia?
Não, não sabe.;
ainda bem que não.
Ou seriam dois
à perder a razão.
Então essas trovas.
Trovoadas sem água,
ecoando no sêco.;
estéril peito, mágoa!
Riva
25/05/06 |