Deixei vagar a mente e ela levou-me à França,
era de Luiz XIV, tempo de realeza,
que tirava dos pobres qualquer esperança
de uma vida melhor, do pão servido à mesa...
Era a época do fausto em contraste à pobreza,
o povo na miséria, os nobres na abastança,
mas no futuro já o Rei Sol punha incerteza,
no “après moi le déluge” antevia a cobrança...
Voltando ao meu Brasil, faço a comparação
entre o nosso presente e aquela monarquia,
em que à elite real se permitia tudo,
e dolorosamente chego à conclusão,
cotejando isto aqui com o que lá se via,
que se mudou na forma, jamais no conteúdo...
05/2006
Página 2006-074 de "O Poeta Eletrônico"
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