Por onde andas, por onde passas?
Outrora, banhavas em meu lieto!
Guardo segredos e deixo saudade...
No passado, saciei tua sede!
Violaram belezas de minhas margens
Leito sem valor, perdido no tempo.
Memórias escondidas, sem lembrança!
Por degredo, sufocaram-me com detritos...
Sujidade camuflada em teu quintal!
Águas do céu renovam minha fonte
Com esperança, alimento um sonho!
Que algum dia possa banhar teus filhos...
A cidade emudeceu, silenciou meu nome
Repugnante pensar que estou tão sujo!
Já não posso ter jardins nas margens
Me oculto nas memórias inconscientes...
Hoje vivo, perdido em labirintos!
Sem referência, fadado a ser esgoto
Não encubra meu passado na lembrança
Sou Pires de Sá e quero um dia te abraçar...
Valmir Flor da Silva - VALFLOR
Copyright © 22/01/2004*
All Rights Reserved
|