ALMA NUA
Alma nua,
Vazia dos sonhos,
Peregrina, vagueia
Nos ermos frios de uma estrada sem fim.
O sol pálido, um insuficiente aquecedor
Para firmar seus passos,
Brilhava seus raios mornos,
Sobre sua face oval,
De eternas lembranças.
A propósito, suas vestes de esperança,
Deixadas pra trás na exaustão da caminhada,
Não lhe cobriam a pele enrugada,
Do fatídico destino, razão porque,
Despiu-se, para sentir no vento,
Sua indumentária a fios tecidos.
Alma nua,
Perece sozinha ante a frágil aspiração.
Nega-se em vestir-se,
Prefere a nudez,
Ao glamour de uma ilusão.
Jair Martins - 19/01/06 11h25
|