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Poesias-->REVANCHE -- 18/05/2006 - 10:53 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REVANCHE

® Lílian Maial





Do sangue na calçada,

Esquadrinham-se mágoas.

Não há lágrima que vele o morto,

Só a curiosidade de sua origem,

Das suas relações,

Dos auxílios que recebeu,

Dos bens que acumulou.



A praça é campo de batalha,

Cada lado com suas razões,

Suas mazelas,

Suas versões.

Cada partido, seus motivos,

Cada bala, seu endereço incerto,

Ali, tão perto.



As pedras se enganam e calam,

Até que um único brado lhes seja retumbante,

Até que seu jardim seja pisoteado,

Suas pétalas todas arrancadas,

Seus olhos [sempre vendados] sejam embaçados

Pelas promessas da visão de paraíso.



Cansadas dos sem juízo,

As ruas se cobrem de luto,

Pelas cidades que a natureza permitiu,

Pela traição que sofreu,

Pelo vilipêndio de seu oxigênio,

De suas riquezas gratuitas,

De seus filhos sem apego.



Exaustas da ignorância e das trilhas de presépios,

Vaquinhas se associam em currais de direita,

outras de esquerda,

Num esforço de gado sem eixo,

Onde não percebem que são marcadas ao nascer,

E que não há plástica que lhes arranque a dor do fogo.



Atônito diante das ondas todas,

O mar continua de ressaca,

Invadindo a areia permissiva,

Engalanando com a beleza as reais intenções,

Como o vento das novidades, que refresca,

Embora camufle as erosões.



Nem tudo é prêmio,

Nem tudo é simples,

Muito menos fácil.

Acordar dói a perda do sonho.

Sonhar distancia da realidade,

E mantém a sensação de não vivência do que caberia.



Então a solução é entender.

A resposta está em compreender as perguntas.

A saída, em recomeçar a caminhada,

Nas aléias da Natureza.

Nada acontece sem causa e sem efeito,

E a Grande Mãe nos ensina todos os dias.

E todos já sabem seus sinais,

Que dias muito abafados

Resultarão em chuva,

Que matas depredadas das encostas

Levarão a desabamentos,

Que baixa umidade no ar

Levará a ressecamento até das narinas.



Então por que se insiste em não ver as verdades?

Por que não tapar o buraco de ozônio social,

Para que as ruas enxuguem o sangue das calçadas,

E que se alcance [livre] o final da jornada,

Sem que os meios nos fiquem pela metade?





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