LUMONÊ.

E quem irá indenizar os pais de crianças desempregados? As crianças que morrem por falta de remédios e de alimentos? Por falta de assistência médica? Por falta de saneamento básico? Que perderam seus filhos vitimados pela violência? Pelas drogas?

Os irmãos, de raça branca, que são pobres, e que, por isso, não estudaram em bons colégios; e nem dispõem de vagas especiais para ingressar em universidades públicas?

Eu nunca fui a favor, e nem tive escravos na minha vida; portanto, não tenho que indenizar ninguém. Se alguém teria tal obrigação, seriam os decendentes dos fazendeiros, que usaram e abusaram da exploração escravagista.

Os barões do café. Do cacau. E tantos outros. Que juntaram dinheiro. E hoje são banqueiros, que continuam a explorar a sociedade. Ou decendentes de "coronéis" do interior, que se valeram e se valem da "indústria da seca", e da miserabilidade, para impor suas regras, oprimir e explorar o povo humilde e casrente, em benefício próprio.

Muitos deles estão, hoje, no Congresso Nacional, ganhando rios de dinheiro. E o governo silencia sobre esses fatos. Não apura desvios de verbas para o estrangeiro. Prefere taxar os inativos. Ao invés de procurar reaver, por exemplo, os trinta bilhões de dólares que foram roubados por figurões e desviados para o exterior.

Acorda, Lumonê. Você está do lado errado