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Cordel-->Frei Dimão estipula as condições para a absolvição -- 13/07/2011 - 13:34 (Brazílio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Leio com toda atenção
O que vens de confessar
E pecado de baile ou portão
A hora é de analisar

Preciso saber com clareza
O que por ali se passou
E não me será surpresa
Se o que era doce acabou

Sei, buscas a absolvição
E podes comigo contar
Pois anjos em legião
Vão fazer-te levitar

O pecado que cometeste
É de suma gravidade
Sei meia maçã comeste
Mas por que só a metade

Esse espírito todo festivo
Contraria o mandamento
Severo co´o que é nocivo
E a favor do entendimento

Mas vamos ao que interessa
Como ganhar o perdão
Não é assim com pressa
Que se chega à salvação

Antes da pressa a prece
Dita de forma espevitada
Aí sim, é que se merece
Dos males ser perdoada

Daquele portão traiçoeiro
Lembrança furtiva terás
Aquilo é um cativeiro
Sob a chave do Satanás

E em baile ainda falas
Como de doce aconchego
Mas é no escuro das salas
Que o bem ao mal pede arrego

E pelo que vejo há anos
Nessa tua vida secular
Agarrar a gregos e troianos
É no mínimo vacilar

Indagar me ocorre agora
E responde sem mudar de tom
Se tiveste longe, outrora
Blusa verde de banlon

A pergunta faz sentido
Pois com meus olhos assisti
O levantar brusco da libido
Fazendo coisas do saci

Tiveste namoro atroz
Desses bem explosivos
Que te fez perder a voz
Fazendo atos lascivos?

Pois aqueles anos sessenta
Que me fixam na memória
Constituem u´a sarna bobenta
De uma vida toda inglória

Os embalos do rock-n-roll
Com Bill Haley e seus cometas
Tiveram seu lugar ao sol
Agradando a todos capetas

E essas loucuras hodiernas
Constituem só agravamento
Por meio de festas modernas
Que depravam até convento

As sacras escrituras
De ti outra cousa exigem
E das formas a mais segura
É que te mantenhas virgem

E nisso posso auxiliar
Com o rigor da abstinência
Em meu próprio catre, um altar
Pra afastar a concupiscência

O horário mais acertado
Para o pecado afastar
É aquele que for combinado
Mas antes do sol raiar

Isso tudo agora te digo
E pelo Criador é que juro
Se me queres como bom amigo
Melhor amigo é no escuro

Far-te-ei as contas rolar
Uma a uma passivamente
Até a reza nossa acabar
E clarear-te pois a mente

Depois da Salve Rainha
Entra o Ofício da Conceição
Aí então já bem mansinha
Estarás livre do malvado Cão

Aí as mãos trabalham
No mais incessante labor
E dificilmente falham
Quando o fazem por amor

Mãos que ora tremem
Pelo tanto que pelejam
Ora exprimem ora espremem
Enquanto o bruto sacolejam

Na certa hão de produzir
Até se gritar socorro
Algo que chega a luzir
De viscoso, o sacro jorro
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