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Artigos-->Era Fundamentalista -- 07/09/2002 - 20:58 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(Este texto foi deletado por terceiros, quando eu o atualizava. Talvez pelo Echelon, talvez pelo Tim, quando



já tinha um considerável número de leituras. A menos que a Usina o recupere, mesmo reeditando-o, fico



com a impressão de que arrombaram a minha porta.)







Ao Tim e demais Agentes de Mobilização da Usina



Propositadamente, este arquivo não é "somente leitura". Está estruturado segundo as máximas do conhecimento. Máxima do Esclarecimento:



primeiro, penso por mim mesmo. Mas, não sou dono da verdade. Máxima da mentalidade alargada: pretendo saber como você (que representa



o Outro) pensa a respeito do tema aqui focalizado. Máxima da Consistência: ponderando as razões, quero estabelecer um acordo entre a



mente e o coração, "figo e folha de figo".



Depois de ler o que digo, a seguir, você pode dar seqüência ao diálogo que estou inaugurando sobre o tema da internet.. Emita sua



opinião, após a minha. É um campo aberto para, democraticamente, convergirmos e divergirmos, lealmente, antes de ousarmos sugerir



qualquer decisão alternativa, que possa vir a ser melhor que a vigente.



Gosto de repetir e divulgar o que penso e o que lembro do que me ensinaram, sempre na crença de que posso ser útil ao meu "próximo"



que, muitas vezes, está muito "distante". Pena que não me lembre do autor (certamente, ele está citado em Adams óbvio.doc, na pasta



"Textos Notáveis" ): "Repetir não muda nada no objeto que se repete, mas algo muda no espírito que o contempla". Não quero, agora,



apenas repetir mas, também, atualizar o que me vem à mente. Por exemplo, Guimarães Rosa dizia que "Mestre é aquele que aprende, de



repente." Só que o "de repente" dele, presumo, com base no Aurélio, não era um substantivo, e, sim um adjetivo, significando



"rastejante", o que para mim é o mesmo que "capinar assentado", ou seja, com muito esforço, muita dedicação, muito tempo de aplicação.



Se ficarmos somente no repetir Guimarães Rosa, ainda assim, algo mudará no espírito de quem refletir sobre isso.



Refletindo mais, tentando atualizar o conceito de mestre, lembro-me de alguém que se recusava a ser chamado de Mestre, embora merecedor



do honroso título, por ter encontrado muitos mestres sem diplomas que tinham sabedoria de sobra. Hoje, considerando a existência da



internet e do alargado conceito de educação à distância, imagino que podemos dizer que mestre é aquele que aprende à distância, sobre



a distância e no ato... da pesquisa. É aquele que age como criança, por impulsos... eletrônicos, pondo sua curiosa para funcionar;



correndo em busca de conhecimento; liga e se interliga, e, por isso, se religa. E, às vezes, nem se liga...



Efetivamente, com a internet, a distância agora pode ser medida, também, em segundos, não somente em unidades de comprimento. O



meu "próximo" pode se aproximar da realidade num "mijo de sapo". O "de repente" volta a ser o do primeiro sentido para o mestre. É de



repente mesmo! Desde que tenha acesso à internet. O que me leva a ter dó, que é bem diferente de ter pena, de quem não tem tal acesso.



Tenho o meu próprio computador, não uso o da Usina de Água, e fui cerceado de usá-lo para acessar a internet. Daqui, não posso adquirir



um livro, consultar minha agência bancária, ou saber quanto custa um software que esteja precisando para praticar o que aprendo de um



curso sobre computação gráfica, que faço à noite. Eu a tenho em casa.



Mas, penso nos companheiros que não têm computador em casa e que, estudando à noite, aproveitam os seus momentos ociosos para pesquisar



sobre temas que os professores lhes deram como deveres de casa. Como poderão se tornar bons alunos, ou mestres? Penso, também, nos



membros de comitês locais, responsáveis pela análise e avaliação de idéias novas para a Usina, sujeitos ao crivo da hierarquia, da



estrutura profunda e do autoritarismo da figura central do sistema, onde está lotado, dificultando o seu acesso à internet.



É sabido que, por mais que conheça sobre o tema, por mais que esteja investido da autoridade técnica (isso depois de consultar o



segmento que ele representa no comitê) sobre a idéia que ele examina, por mais que tenha horizontalizado suas relações, fazendo



consultas técnicas às áreas da Usina que poderiam adotar a idéia proposta pelo empregado, ainda assim, ele precisa da internet para



fazer crescer seu conhecimento, a maior arma do momento, e fazer um melhor juízo sobre as idéias em geral.



Pior, ainda, é pensar nos Agentes de Mobilização. Como é que podem ajudar um companheiro a sustentar melhor a idéia que ele



pretende apresentar, se ambos têm que pedir ao chefe para dividir o pão da internet com eles? É que a coisa pode ficar tão



congestionada como era a piscina do "Minas", até bem pouco tempo, onde para se dar um mergulho era preciso pedir licença aos demais



nadantes.



E, por mais recente, penso nos terceiros, fora da Usina, lutando para vender seus peixes, via Internet, as lojas e os supermercados,



inclusive os Bancos, cujos custos operacionais, por esta via, são bem mais baratos, além de viabilizarem o não afastamento do



cliente-empregado para cuidar dos seus interesses. Como se vê, comércio e finanças, com a redução de pontos da internet, também,



são prejudicados.



Mas, o diálogo genuíno, desde os gregos, nunca termina. Prevalece sempre o consenso mais recente, até que um outro melhor seja



legitimado. Foi da discussão genuína, penso, que nasceram as equipes constelacionais, sobrepujando as equipes sistêmicas (em que



os seus membros giram em torno da figura central", como os satélites, astros sem luz própria, giram em torno do Sol). E para que



equipes sejam constelacionais, seus membros atuam com o brilho do conhecimento que possuem, em maior ou menor grau, desverticalizando



as relações, buscando a estrutura rasa, valendo-se da educação à distância, simplificando a burocracia, com o cuidado de não



considerar esta como algo nocivo à Empresa e, por necessário, valendo-se da internet. Sem isso o "timing" (agir em constelação, em



rede, em transformação) vai para o beleléu.



A internet, para mim, é o melhor meio de fazer não só acréscimo de conhecimento, mas, também, de educar uma pessoa, a ponto de



levá-la a uma reflexão sobre o uso responsável deste instrumento. Até bem pouco tempo, eu recebia e-mails de vários conhecidos



mostrando fotos de Bush e Osama Bin Laden. A coisa estava pegando mal. Bastou uma ironia minha, em resposta, dizendo que todos seriam



"premiados" em praça pública, principalmente, os chefes de divisões de um certo Banco. Um dos brincalhões era, também, um dos



diretores. Minha brincadeira levou todos eles a uma profunda reflexão sobre as conseqüências, até para o próprio prédio do Banco, e



eles pararam de me enviar aqueles e-mails. Creio que eles se "mancaram" no que se refere à responsabilidade pelo uso da internet.



Esta é a vantagem do uso democrático deste instrumento. As pessoas só podem tomar conhecimento disso à medida que outras vão lhes



mostrando as conseqüências dos seus atos falhos. Por enquanto, muitos ainda fazem uso da internet como um brinquedo, simplesmente,



para mascarar as dificuldades que têm de, até mesmo, fazer uma boa pesquisa. Até nos tornarmos mestres nisso, vai levar tempo, e



precisamos de muita abertura superior. E, no nosso caso, o efeito das torres é perverso: quando se deixa somente um computador por



área, sob "responsabilidade" do chefe, isso só reforça o autoritarismo, o enfoque sistêmico e a tirania do poder, itens nefandos do



perfil do executivo moderno, que a Era da Informação luta por extirpar de todas as Organizações que pretendem se modernizar. Ou



será que a Usina adotou uma Era Fundamentalista, a partir de onze de setembro?



Mas, eu sou bom para esperar. É assim que espero por um consenso melhor. Dialogando com vocês, creio que já é uma boa espera.



"Esperar é um à-toa muito ativo", diz Guimarães Rosa.



Agora, anime-se e dê o seu recado. A porta está aberta. Registre ao pé desta mensagem o que você tem a dizer, até mesmo sobre o



"Echelon", desde que não o ofenda.



Shalom!



N.A. ( Tim, o "back-up" deste texto está arquivado lá em casa. Não ouse alterá-lo, a não ser para melhor)



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_ Caro amigo,



Você começou muito bem, falando sobre as máximas do "sensus comunis". O resto é a pura baboseira do discurso comunista;



no fundo, no fundo, é fundado no fundamentalismo de esquerda, travestido de direita, querendo fugir do centro echeloniano.



Enquanto isso, este nosso País continua com a sua vidinha: de gol em gol, de galho em galho, De Gaulle en Gaulle. Ou seja,



lavando dinheiro com futebol, dando uma de macaquito, segundo os argentinos, e não levando as coisas sérias com seriedade,



como criança que leva sua brincadeira a sério.



Da próxima, fundamente melhor seus argumentos.



Com os cumprimentos do Tim, crente em diálogos fundamentalistas constelacionais, em Babel e babosa.



Vejo como minha caligrafia está melhorando... Olha que assinatura... @tiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmm@
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