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Poesias-->Amarguradamente (*) -- 10/05/2006 - 06:39 (Benedito Pereira da Costa) |
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Amarguradamente (*)
Sonho maravilhoso o nosso amor,
Ilusão que nutrimos com ternura
Sem que se desvendasse a conjectura
Que esse infortúnio iria nos propor.
De áureos verões sentimos o calor,
De estrelas e da lua -- na ventura
De quem ama -- tivemos cobertura
Para tudo o que alguém possa supor.
O castelo sem-par se desmorona
E nos mostra outro rumo: recomeço
E estágio duro, após visita à lona...
São coisss de que nunca mais me esqueço:
Cada qual segue sua senha e abona
O adeus sem entender cruel tropeço.
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(*) Brasília, DF, 04/11/1965.
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