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Poesias-->Não há o que comemorar -- 08/05/2006 - 13:25 (Tereza da Praia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não há o que comemorar

Tereza da Praia



Que pena que na ciranda poética,

Se perca o alcance e a conseqüência

do que se passa em nossa volta.

Numa atitude acrítica e patética

Deixa nossa ira à solta,

Fazendo a louvação

do que não deve ser louvado.

Que pena ficarmos felizes com a derrocada

moral de todo um povo e de suas instituições.

Que pena não termos notado

Que mais uma vez venceu o medo.

O medo da honestidade...

Mais uma vez venceu o entrar no sistema.

Que pena estarmos comemorando

o nosso sonho perdido,

estarmos festejando a nossa desesperança!

Que pena...

Devíamos estar de luto

Não por Zé Dirceu ou por outro qualquer

Mas por nós que sonhamos,

que apostamos numa possibilidade de mudança,

que permitisse a todos uma nova dança!

Onde a fraternidade e a igualdade

entre os seres humanos

fizessem festança!

Que pena, poetas, que só percebemos

o fracasso de um homem em sua humanidade...

E ficamos felizes e comemoramos sua punição,

Não vemos que perdemos parte do coração...

Aquela parte que acreditava na dignidade,

na verdade e na honestidade!

Minha alma chora...

Meu coração está de luto

Não pela viuvez,

como dizem jocosamente,

da morte política de Zé Dirceu...

Pela morte dos sonhos meus,

da minha crença num Brasil melhor,

num mundo melhor...

Porque estamos voltando a passos largos,

A tudo que havia de abominável,

A tudo que havia de detestável....

Não há que comemorar...

Há apenas o que lamentar!



Tereza da Praia

Série: Rapadura é doce, mas não é mole.

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