Meia-noite. Olho o céu. Plena lua.
E como de costume um tanto triste,
Eu penso, caminhando pela rua,
Em como a vida simplesmente existe.
A vida é para frente não desiste
E, quando a morte vem, sofre e recua
Mas, apesar de tudo, teima, insiste
E, de algum modo, sempre continua.
Estive na abundância e na miséria.
Fui do tamanho de uma bactéria
Na minha embriogênica dormência.
Olhando o céu – pensante e pensativo -
Não sei se eu estou morto ou se estou vivo
Já que viver não é não ter consciência.
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