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Contos-->A Sabedoria da Alma do Mestre -- 02/04/2005 - 04:01 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




A Sabedoria da Alma de um Mestre






Um sábio japonês e seu discípulo, em uma de suas andanças, encontraram um casebre de extrema pobreza, onde vivia um homem, sua mulher e muitos filhos pequenos. Com fome e sede, os dois pediram abrigo e foram recebidos com amor e amizade naquele local. O sábio perguntou a seu anfitrião como é que eles conseguiam viver naquela pobreza e o homem falou:

- O senhor vê aquela vaca? – disse apontando para um animal magro que pastava o pouco verde que encontrava, entre a grande quantidade de ervas daninhas que dominava o solo. Ela nos dá o leite que bebemos, e do qual fazemos o queijo e a coalhada que trocamos por outros alimentos. É assim que nós vivemos.

O sábio passou aquela noite naquele casebre, acordado e meditando, e pela manhã agradeceu ao homem que os havia hospedado, antes de partir. Quando de lá saiu, ao fazer a primeira curva da estrada em que caminhavam, falou para o discípulo:

- Volte lá e jogue aquela vaca no precipício que há ali perto.

- Não mestre, eu não posso fazer isso! – o discípulo respondeu indignado. Aquela vaca é tudo o que eles possuem e se ela morrer eles também morrerão.

O sábio respirou fundo, pensou alguns segundos e ordenou ao discípulo que fizesse o que havia mandado:

- Vá até lá e empurre a vaquinha no precipício, é uma ordem.

Indignado, mas resignado por ser seu dever acatar e respeitar as ordens de seu mestre, ele fez o que lhe havia sido ordenado.




Anos se passaram e o discípulo viveu a eles cheio de dor na consciência. Um dia, após a morte de seu mestre, ele resolveu voltar a aquele lugar e quando lá chegou, ao fazer a mesma curva da estrada na qual tinha recebido a ordem de cometer um ato que o faria sofrer um grande remorso por todos aqueles anos, deparou com um sítio maravilhoso que tinha uma bela casa, onde vários jovens adolescentes deleitavam-se a beira de uma piscina. Pensou nessa hora:

“As pessoas que aqui moravam estão mortas ou tiveram que abandonar sua terra e mendigam por ai. Vencidos pela fome devem ter ido embora, caso estejam vivas!”.

Aproximo-se então do homem, a quem ele julgou ser o caseiro, daquela propriedade próspera, e indagou:

- E aqueles que eram os donos desta terra, onde eles estão?

Ouviu como resposta daquele homem, a quem reconheceu imediatamente como o anfitrião que o tinha recebido há anos atrás!

- Os donos da terra! Somos nós, eu minha doce mulher e meus filhos. Nascemos e vivemos sempre aqui!

- Mas eu estive aqui há alguns anos e o dono da casa era uma pessoa muito pobre que subsistia com o leite que uma vaca magra lhe sustentava!

- Sim, me lembro de você, disse então o homem. A vaquinha morreu e era tudo o que possuíamos, mas para sobrevivermos tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos possuir. Depois de buscarmos novas soluções estamos muito melhor que há anos atrás. Quando o senhor esteve aqui, havia miséria nesta terra, mas agora... Bem, vamos conversar ali na sombra, enquanto tomamos um bom vinho, e eu lhe explico as mudanças que aconteceram...




CARLOS CUNHA : produção visual
a.d. ft/NET





Este lindo conto é encontrado em várias páginas da NET como sendo de autor desconhecido. Se alguém souber quem é o mesmo, peço que me comunique para que eu possa lhe dar o devido crédito.

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