Desde a segunda metade do século XX, o ritmo do desenvolvimento tecnológico cresceu de forma nunca vista e observamos coisas muito interessantes. Minha avó materna, a cada vez que surgia uma novidade, dizia: - Esse pessoal não tem mais o que inventar. Eu, para esticar a conversa, respondia: - Quanto mais a senhora diz isso, mais eles inventam. Lembro ainda muito bem que, por ocasião da inauguração do metró do Rio de Janeiro, comentei com minha avó que iria fazer uma viagem, pra conhecer a novidade. Ela me disse, então: - Onde já se viu? Uma coisa que anda embaixo do chão!
Pois bem, minha avó faleceu em 1974 e, ainda hoje, fico imaginando o que ela diria de coisas como o telefone celular, o microcomputador e, sobretudo, a internet. Se achou um escàndalo a viagem da Apolo XI Ã Lua, em 1969, hoje haveria de ficar abismada e dizer que estamos mesmo no fim do mundo (coisa na qual eu também creio).
Falando nisso, estava eu, ontem à noite, numa sala de bate-papo, com um grupo de amigos. Costumamos conversar quase que diariamente, a não ser quando impedidos por um acontecimento que possa ser qualificado de "força maior".
Mas, dizia eu, lá estávamos a conversar, quando duas amigas, que vou citar pelos apelidos que usam na sala, Bizunzinha e Pedrinha de Cristal, começaram a falar sobre como seria o dia a dia de ambas se, de repente, acabassem com a internet. Chegaram à conclusão de que seria absolutamente impossível acostumar-se a tal situação.
Não é realmente curioso que tenhamos presenciado todo esse avanço tecnológico, que tenhamos passado nossa infància e adolescência sem a maior parte dessas maravilhas de que nos utilizamos hoje, e que não mais saibamos o que fazer, caso elas nos sejam, por assim dizer, arrebatadas?
Resta, enfim, esperar que organizações como a Al Qaeda e similares não prestem atenção a este tipo de preocupação dos ocidentais, pois poderiam sabotar a internet e a telefonia celular, provocando um grande desespero mundo afora.
Às amigas Bizunzinha e Pedrinha, um recado: vamos parar de fazer este tipo de conjecturas. Afinal, as paredes têm ouvidos e, certamente a internet também, além de ter até mesmo olhos.
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