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Textos_Religiosos-->Hoje, começa a visita do Papa ao Brasil -- 09/05/2007 - 09:19 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Visita do Papa ao Brasil

--- Santa Sé ---
Bento XVI no Brasil: América Latina já não deve ser «missionada», mas «missionária»
Enzo, criança cujo nascimento inexplicável levou Frei Galvão aos altares
Papa vai ao Brasil para que América Latina continue sendo «continente da esperança»
Bento XVI celebra cinqüenta anos dos missionários «fidei donum»
Dom José Manuel del Rio, subsecretário da Comissão Pontifícia para os Bens Culturais

--- Mundo ---
Arcebispo de São Paulo convida fiéis a se unirem espiritualmente à visita do Papa
Povo brasileiro está vibrante, na expectativa da visita do Papa, dizem bispos do Brasil
Interesse dos jornalistas pela visita do Papa ao Brasil supera expectativas
Bispos brasileiros reforçam posição contra aborto
Brasil: Bispos elegem presidentes das Comissões Episcopais Pastorais
Eleitos representantes do Brasil para o CELAM
Presidente do Movimento pela Vida italiano convida Europa para «Family Day»
Curso sobre Igreja Católica para diplomatas islâmicos

--- Entrevistas ---
O interesse da grande mídia pela viagem do Papa ao Brasil e a Conferência de Aparecida


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--- Santa Sé ---

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Bento XVI no Brasil: América Latina já não deve ser «missionada», mas «missionária»
O arcebispo Marini vê na viagem do Papa um «sinal de esperança»

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Depois de cinco séculos desde a evangelização na América Latina, Bento XVI chega nesta quarta-feira ao Brasil para fazer que esta Igreja já não seja só «missionada», mas que se converta em «missionária».

Assim explica o arcebispo Piero Marini, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, na «Apresentação» do «Missal» preparado por ocasião da visita do Santo Padre a São Paulo e Aparecida para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano.

«A viagem apostólica do Papa ao Brasil reveste um particular caráter missionário, sublinhado pelo mesmo título da Conferência de Aparecida, ‘Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nossos povos n’Ele tenham vida’, ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida’ (Jo 14, 6) », explica Dom Marrini.

Para o prelado, este sexta viagem internacional do pontificado, em particular a canonização do franciscano Frei Antonio de Santa Ana Galvão (São Paulo, 11 de maio) e «a fé e o entusiasmo dos fiéis reunidos em torno de seus bispos e do sucessor de Pedro, são um sinal de esperança e de evangelização para a América Latina e para o Caribe».

«A Igreja Católica, discípula e missionária de Jesus Cristo, presente há cinco séculos entre os povos latino-americanos, quer continuar desempenhando a missão de levar a Boa Nova da salvação a todos os povos, inclusive nas circunstâncias atuais, sumamente mutáveis, que exigem um novo compromisso missionário por parte de todos os batizados», conclui.

Ainda hoje, muitos bispos e sobretudo sacerdotes, religiosas e religiosos do Brasil e da América Latina, onde se encontra quase a metade dos católicos do mundo, procedem da Europa, continente que nestes cinco séculos deu continuidade à obra evangelizadora dos primeiros missionários que chegaram à América.

Nas últimas décadas, contudo, dioceses e institutos missionários surgidos na América Latina começaram a enviar missionários ao velho continente e ao resto do mundo. No ano 2002, celebrou-se na Guatemala o VII Congresso Missionário Latino-Americano, que tinha como objetivo assumir a responsabilidade missionária com relação ao resto do mundo.


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Enzo, criança cujo nascimento inexplicável levou Frei Galvão aos altares
Testemunho de sua mãe, a química brasileira Sandra Grossi de Almeida

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Entre os milhões de católicos brasileiros que darão as boas-vindas a Bento XVI, encontra-se a mulher que experimentou um milagre atribuído à intercessão de Frei Antonio de Santa Ana Galvão e que permitirá sua canonização no próximo dia 11 de maio.

Trata-se da paulista Sandra Grossi de Almeida, licenciada em Química, de 37 anos, residente em Brasília, que deu à luz seu filho Enzo em 1999, ante a surpresa de médicos e cientistas.

Seu caso foi reconhecido como «cientificamente inexplicável em seu conjunto, segundo os atuais conhecimentos científicos» pela equipe de especialistas médicos, em 18 de janeiro de 2006, no processo de canonização de Frei Antonio de Santa Ana, sacerdote brasileiro da Ordem dos Frades Menores Alcantarinos, que viveu entre 1739 e 1822.

Precedentemente, Sandra havia sofrido três abortos naturais por causa de um problema congênito, conhecido como «útero bicorno», uma película que se forma no meio do útero, separando-o em duas partes, o que impossibilita o crescimento do feto por falta de espaço.

As três gravidezes de Sandra -- em um dos casos foram gêmeos -- chegaram só até o quarto mês e acabaram de forma natural entre hemorragias e fortes dores.

Sandra se havia resignado à idéia de não poder conceber e decidiu adotar a Isabela, que hoje tem 12 anos. Quando ficou grávida pela quarta vez, era consciente das dificuldades que enfrentaria, mas queria levar a gravidez adiante, fiel às suas convicções católicas.

«A ginecologista me disse que não deveria me iludir, mas que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para ajudar-me, e me preveniu claramente sobre a grande possibilidade de perder a outra criança», testemunha Sandra na edição italiana de «L’Osservatore Romano».

Uma amiga da família, já falecida, ofereceu-lhe as «pílulas do Frei Galvão», umas orações para pedir a intercessão do beato brasileiro. Sandra começou a rezar as orações, ainda que não conhecia a história do beato.

Para surpresa dos médicos (mas não de Sandra), na primeira noite da primeira novena a Frei Galvão, a hemorragia parou e as dores cessaram. «Foi um sinal da intercessão de Frei Galvão por mim», recorda Sandra.

No quarto mês de gestação, submeteram-na a uma cirurgia para fechar o colo do útero, um procedimento delicado que se realizou sem que se apresentassem as temidas hemorragias.

Sandra continuou encomendando-se a Deus por intercessão de Frei Galvão. No quinto mês de gestação se deu um risco de aborto por causa do tamanho do bebê. «Novamente recorri ao Frei Galvão», acrescenta Sandra.

Depois de passar por essa fase crítica, conseguiu chegar à 32ª semana de gestação, algo inimaginável para seu caso. «Para os médicos parecia impossível, mas não para Deus», reconhece.

Também parecia inimaginável a conservação do útero após o parto, já que a cartilagem impossibilitaria a expulsão da placenta e a única saída seria uma histerectomia (extração total do útero).

Foi feita um parto cesariano. Enzo padeceu um problema grave ao nascer, uma das principais causas de morte entre os prematuros. Sua mãe voltou a encomendar-se ao futuro santo. Tiraram os tubos do bebê no dia seguinte, algo que em casos similares acontece só depois de várias semanas.

Hoje, Enzo é uma criança sadia de oito anos. Quando se pergunta a ele quem é Frei Galvão, responde: «Nasci graças a ele».



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Papa vai ao Brasil para que América Latina continue sendo «continente da esperança»
Segunda explica o cardeal Bertone, secretário de Estado.

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Ante os enormes desafios que a América Latina enfrenta -- a violência, o narcotráfico, a desigualdade, o avanço agressivo das seitas... --, Bento XVI chega nesta quarta-feira ao Brasil para que estas terras continuem sendo o «continente da esperança», explica sua mão direita na guia da Santa Sé.

O cardeal Tarcísio Bertone, secretário de Estado, fez em fevereiro uma análise da situação em uma reunião com todos os núncios apostólicos presentes na América Latina e agora expõe os problemas que constataram, começando pela «violência que afeta sobretudo as grandes cidades».

Outras pragas, segundo o purpurado, são «o narcotráfico, que se torna cada vez mais agressivo e potente; as desigualdades sociais, que não se conseguem ser superadas; o desemprego, que segue continua muito preocupante; o deterioro da educação, que afeta os mais jovens; o déficit de democracia representativa e o avanço do proselitismo das seitas».

«Mas graças a Deus, a América Latina não se define por estes aspectos que realmente parecem mais deprimentes», acrescenta em uma entrevista concedida a Gianni Cardinale, na revista mensal «30 Giorni».

«Desde o ponto de vista civil, é preciso reconhecer que já não existem, por sorte, essas ferozes ditaduras militares que nas décadas passadas ensangüentaram o continente», constata.

«E depois, desde um ponto de vista eclesial, há comunidades católicas vivas, há um laicado católico maduro, sabiamente orientado por bispos locais, e está crescendo o número dos seminaristas e dos sacerdotes. Não faltam, portanto, motivos de esperança», reconhece.

«E o maior recurso, junto às riquezas naturais e a beleza do ambiente, é a tradição católica dos povos latino-americanos, que conserva ainda sua força», assegura o cardeal Bertone.

«Inclusive os que não compartilham nossa fé sabem que sem esta preciosa tradição, presente na história e na cultura dos povos latino americano, seriam incompreensíveis a consciência da dignidade, a sabedoria de vida, a paixão pela justiça e a esperança contra toda esperança que palpita no coração de sua gente. E a situação seria pior do que é», sublinha.

Ante o avanço das seitas, Bertone afirma: «O abandono da Igreja por parte de muitos que vão buscar outras realidades nas quais esperam satisfazer sua busca religiosa propõe sérios interrogantes sobre a qualidade da evangelização, da educação na fé e da construção de suas comunidades».

E ante as desigualdades que caracterizam esses países, o purpurado assegura: «A Igreja não se esquece dos pobres. Não pode fazê-lo. Iria contra seu fundador».

«Este ano se celebra o quadragésimo aniversário da encíclica ‘Populorum progressio’, do Papa Paulo VI. Creio que é uma feliz coincidência que a Conferência de Aparecida caia precisamente nesta data», pois «a pobreza continua sendo uma praga na América Latina.»

Neste contexto, nos últimos anos, quase todas as eleições políticas foram vencidas por candidatos e partidos de esquerda na América Latina, o que segundo alguns provocariam suspeitas na Igreja.

«Se os governos de esquerda fizerem algo de esquerda, perdoe-me a redundância, ou seja, se se preocuparem por favorecer as classes humildes, por favorecer uma mais justa repartição das terras para que sejam cultivadas mais adequadamente, se se preocuparem por melhorar a assistência médica e o sistema educativo, se aplicarem políticas de emprego que tirarem os jovens do narcotráfico e frearem o fenômeno da imigração..., em definitivo, se fizerem tudo isso, estes governos só podem receber aplausos e também a colaboração da Igreja», indica.

«O problema -- declara -- nasce quando esses governos querem fazer ressurgir regimes anacrônicos e ditatoriais, ou quando abraçam certas correntes culturais, apoiadas por poderes fortes transnacionais e mediáticos, que propõem modelos de vida hostis à tradição cristã e constituem uma ameaça para os direitos fundamentais da pessoa e da Igreja.»


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Bento XVI celebra cinqüenta anos dos missionários «fidei donum»
Surgidos com a encíclica homônima de Pio XII

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI quis prestar uma homenagem aos milhares de sacerdotes diocesanos de todo o mundo que há cinqüenta anos deixaram sua terra para partir como «dom da fé» (em latim, «fidei donum») a terras de missão.

Ele o fez em 5 de maio passado, ao receber os participantes do Congresso mundial dos missionários «Fidei donum», que se celebra em Roma para comemorar os cinqüenta anos da encíclica «Fidei donum» de Pio XII, publicada em 21 de abril de 1957.

Até a publicação desse documento, em geral, os sacerdotes missionários pertenciam a institutos religiosos. Com aquela proposta, como explicou Bento XVI, seu predecessor alentou «um ulterior tipo de cooperação missionária entre as comunidades cristãs chamadas ‘antigas’ e as apenas nascidas ou que estavam despontando nos territórios de recente evangelização».

Deste modo, constata o Papa Joseph Ratzinger, a Igreja contou, nas cinco décadas passadas, com milhares de sacerdotes «fidei donum», «partidos com religiosos e voluntários leigos em missão pela África e por outras regiões do mundo, às vezes à custa de muitos sacrifícios para sua diocese de pertença».

Por este motivo, o bispo de Roma agradeceu a «estes irmãos e irmãs nossos, alguns dos quais derramaram seu sangue por difundir o Evangelho».

Estes missionários, reconheceu, experimentam agora dificuldades por causa da «diminuição e o envelhecimento do clero nas dioceses que em outros tempos enviavam missionários a regiões distantes».

«No contexto de uma estendida crise vocacional, isso constitui um desafio que é preciso enfrentar», reconhece. Agora, apesar dos problemas, o Santo Padre convida a ver o futuro «com confiança», porque existem «sinais de esperança que testemunham em todo o mundo uma alentadora vitalidade missionária do povo cristão».

«O Dono da messe não deixará de enviar operários para sua messe se pedirmos com confiança e insistentemente na oração e mediante a escuta dócil de sua palavra e de seus ensinamentos», concluiu.

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Dom José Manuel del Rio, subsecretário da Comissão Pontifícia para os Bens Culturais


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI nomeou nesta terça-feira o sacerdote espanhol Dom José Manuel del Rio Carrasco como subsecretário da Comissão Pontifícia para os Bens Culturais, segundo informa a Sala de Informação da Santa Sé.

Segundo informa a revista «Ecclesia», o sacerdote prestava seu ministério há dez anos nessa instituição vaticana, da qual era oficial.

Nascido em Leon em 6 de outubro de 1960, é sacerdote diocesano dessa diocese desde 6 de julho de 1985. Fez seu doutorado em Teologia e em História da Arte.

Em sua diocese, antes de ser trasladado a Roma em 1997, serviu pastoralmente nas paróquias de Posada de Valdeón, Villaseca de Laciana e Reliegos.

Nesta segunda-feira, Bento XVI nomeou como secretário da Congregação vaticana para o Clero o bispo italiano Mauro Piacenza. O prelado, declara o Vaticano, continua mantendo «ad ínterim» as tarefas que desempenhava até agora como presidente da Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja e de presidente da Comissão Pontifícia de Arqueologia Sagrada.

Dessa forma, o monge beneditino norte-americano Michael John Zielinski, de 54 aos, abade da abadia de Nossa Senhora de Guadalupe de Pecos (Estados Unidos), foi nomeado vice-presidente das Comissões Pontifícias para os Bens Culturais da Igreja e de Arqueologia Sagrada.


ZP07050811

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--- Mundo ---

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Arcebispo de São Paulo convida fiéis a se unirem espiritualmente à visita do Papa
Dom Odilo Scherer pede cautela quanto a informações fragmentadas

SÃO PAULO, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, convidou esta terça-feira os fiéis a que se unam espiritualmente em torno da visita de Bento XVI ao Brasil.

Dom Odilo sugeriu às pessoas que não puderem estar presentes nos encontros com o Papa que acompanhem as celebrações pela televisão e o rádio.

«Acompanhem as palavras do Papa enquanto tal, as imagens transmitidas, e não apenas alguns flashes, que às vezes dão uma imagem um pouco particularizada», indicou o arcebispo, em conversa com Zenit em Itaici, onde o episcopado se reúne em assembléia geral.

O anfitrião de Bento XVI em São Paulo orienta os fiéis a que tenham uma idéia completa e refletida da passagem do Papa pelo país e não apenas se baseiem em informações fragmentadas.

«Que cada pessoa possa se deixar tocar e ter uma idéia própria. Não se baseie simplesmente naquilo que ouvir, ler, já que muitas vezes isso acaba sendo transmitido de maneira unilateral ou até distorcida», afirmou.

«Recomendo às pessoas que não puderem estar presentes nos eventos com o Papa que acompanhem através da televisão, do rádio, que se interessem, rezem pelo Papa e se unam espiritualmente em torno da visita do pontífice.»

O arcebispo explicou ainda que o Santo Padre, na Igreja, tem a missão de confirmar os irmãos na fé.

«Espero que as palavras do Santo Padre, sua presença no Brasil, tenha realmente este efeito de confirmar os irmãos na fé, de dizer a eles que estejam felizes e que se sintam seguros na Igreja Católica e na fé cristã», disse o arcebispo.
ZP07060818

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Povo brasileiro está vibrante, na expectativa da visita do Papa, dizem bispos do Brasil
CNBB divulga carta de saudação a Bento XVI

INDAIATUBA, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Ao manifestar seu «afeto, comunhão e fidelidade» ao Santo Padre, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) afirmou que o povo brasileiro «está vibrante», na expectativa da chegada do pontífice.

Os cerca de 330 bispos do Brasil reunidos em assembléia geral em Itaici (São Paulo) divulgaram essa segunda-feira uma carta em que saúdam Bento XVI por sua viagem ao país.

Na carta, assinada pelo presidente do organismo episcopal, cardeal Geraldo Majella Agnelo, os bispos explicam que «nossa assembléia geral tem como tema central a preparação para a V Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe» (13 a 31 de maio, Aparecida).

«Agradecemos a Vossa Santidade por ter escolhido o Brasil como sede dessa Conferência», escrevem os bispos.

E afirmam que «o povo brasileiro está vibrante, na expectativa da visita de Vossa Santidade, e se prepara na oração para acolhê-lo, porque ama o Papa, Sucessor de São Pedro».

«A presença de Vossa Santidade entre nós, nesta Viagem Apostólica, é um testemunho do discipulado e da missão de Jesus Cristo para todos nós.»

Ao se afirmarem «alegres» pelo Papa ter escolhido o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, «Rainha e Padroeira do Brasil», como sede da V Conferência, os prelados pedem a proteção da Mãe de Deus para o pontífice e sua viagem.

«Suplicamos a intercessão da Virgem Maria, por excelência discípula e missionária de seu Filho Jesus Cristo, para que indique os caminhos da evangelização para o Continente da esperança», escrevem os bispos.

«Seja bem-vindo, Santo Padre, nós o recebemos com muito amor», encerra a mensagem.
ZP07060817

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Interesse dos jornalistas pela visita do Papa ao Brasil supera expectativas
São 3.200 credenciados até o momento; eram esperados 2.000 profissionais

SÃO PAULO, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- O interesse da mídia mundial pela visita do Papa ao Brasil superou as previsões dos organizadores da viagem pontifícia.

Ao início, previa-se a assistência de cerca de 2.000 profissionais da imprensa. Mas números atualizados essa segunda-feira pelo Ministério das Relações Exteriores, responsável pelo credenciamento, revelam a inscrição de 3.200 jornalistas.

De acordo com o Ministério, a maioria dos profissionais estrangeiros virá da América Latina e Europa.

O jornalista Silvonei José Protz, apresentador e editor em língua portuguesa da Rádio Vaticano, afirmou a Zenit que o interesse da mídia reflete a importância desta viagem do Papa.

«É a primeira visita de Bento XVI ao continente latino-americano, onde vive a metade dos católicos do mundo. Então o grande interesse da mídia é um reconhecimento da importância que tem a América Latina».

«Há também o fato do Papa vir ao Brasil, o maior país católico do mundo. Também o fato de que o Santo Padre vem falar para toda a América Latina, no contexto da Quinta Conferência do Episcopado Latino-Americano, que é de suma importância», disse.

Silvonei Protz destacou ainda que é a primeira vez que Bento XVI deixa a Europa e cruza o Oceano.

Segundo o jornalista, para além dos aspectos citados, os temas da América Latina dizem respeito a toda a Igreja.

«A questão da pobreza, dos novos movimentos, das seitas, da defesa da vida, da família, da juventude.»

«Tudo que o Papa falar aqui não vai servir só para nós, mas serve para toda a Igreja, em todo o mundo», disse o apresentador de Rádio Vaticano.
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Bispos brasileiros reforçam posição contra aborto
No contexto do acirramento do debate em torno à legalização da prática no país

INDAIATUBA, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- O episcopado brasileiro reforçou esta terça-feira sua posição enfática contrária à legalização do aborto no país.

É que muito se tem especulado na imprensa estes dias sobre o tema, já que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tem tomado a iniciativa de promover um debate sobre o aborto e se manifestado a esse respeito em eventos e jornais.

Por diversas vezes, os bispos em assembléia geral em Itaici (São Paulo) foram questionados se o Papa, em sua viagem ao Brasil, dedicaria uma palavra a este tema.

«Todos sabem a posição da Igreja. É a favor da vida e em defesa da vida», afirmou Dom Orani João Tempesta, arcebispo de Belém (Pará, norte do Brasil).

«O aborto é um atentado contra a vida e não tem cabimento», acrescentou Dom Angélico Sândalo, bispo de Blumenau (Santa Catarina, sul do país).

O Ministério da Saúde do Brasil tem incentivado o debate sobre a legalização do aborto afirmando que se trata de um problema de saúde pública.

«Que se cuide e se cuide muito mais da saúde da mulher, mas que isso não seja feito à custa do sacrifício de um ser indefeso que ela traz em seu seio», disse Dom Angélico.

Segundo o bispo, «a Igreja, como todo homem e toda mulher de boa vontade, está a favor da vida, que começa na concepção. A criança é um ser indefeso que deve ser protegido».

Já o arcebispo de Feira de Santana (Bahia, nordeste do Brasil), Dom Itamar Vian, afirmou que a criança deveria saber que o lugar mais seguro para ela seria o ventre materno.

«Mas o ventre materno está-se tornando um lugar muito inseguro, pois a criança pode ser assassinada pela própria mãe, pelo médico ou algum enfermeiro», disse.

Já o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, afirmou que o problema de saúde pública deve ser enfrentado enquanto tal.

Segundo ele, não se pode propor o aborto como solução a um problema de saúde pública, uma suposta solução que «tira um direito de outros, o direito primeiro que é o de existir e o de viver».

«A vida não é negociável; a vida de cada um é intocável», disse o arcebispo.
ZP07050855

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Brasil: Bispos elegem presidentes das Comissões Episcopais Pastorais
Durante os trabalhos da 45ª Assembléia Geral

INDAIATUBA, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Os bispos do Brasil, reunidos no município de Indaiatuba, interior de São Paulo, na 45ª Assembléia Geral do episcopado, elegeram os presidentes das dez Comissões Episcopais Pastorais.

Os presidentes eleitos são:

- O bispo auxiliar de São Paulo, Dom Pedro Luiz Stringhini, foi eleito para a Comissão do Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz.

- O arcebispo de Belém (PA), Dom Orani João Tempesta, foi reeleito para a Comissão da Educação, Cultura e Comunicação.

- O arcebispo de Montes Claros (MG), Dom José Alberto Moura, foi eleito para presidir, no próximo quadriênio, a Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso.

- O arcebispo de Ribeirão Preto (SP), Dom Joviano de Lima Júnior, foi eleito para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia. Ele já era membro da Comissão presidida, até o momento, pelo bispo de Chapecó (SC), Dom Manoel João Francisco.

- O bispo de Goiás (GO), Dom Eugène Lambert Adrian Rixen, foi reeleito para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética.

- Para a Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, foi eleito o bispo de Registro (SP), Dom José Luiz Bertanha.

- O bispo de Tefé (AM), Dom Sérgio Castriani, foi reeleito para a Comissão para a Animação Missionária e Cooperação Intereclesial.

- O bispo de Santarém (PA), Dom Esmeraldo Barreto de Farias foi escolhido para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada.

- O arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, foi reeleito para a Comissão de Doutrina da Fé.

- O arcebispo de Londrina (PR), Dom Orlando Brandes, foi eleito presidente da Comissão Vida e Família.

As Comissões Eclesiais de Pastoral são órgãos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com atribuições diversas, conforme o tema tratado por cada uma.


ZP07050815

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Eleitos representantes do Brasil para o CELAM


INDAIATUBA, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Os bispos do Brasil, reunidos em sua 45ª Assembléia Geral, no município de Indaiatuba, interior de São Paulo, elegeram nessa manhã os representantes do Brasil junto ao CELAM, Conselho Episcopal Latino-Americano.

Segundo informa a CNBB, o arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno, foi eleito para delegado e o arcebispo de São Salvador da Bahia, Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, será o suplente.

As eleições foram feitas separadamente na manhã de hoje e, com a escolha dos dois arcebispos para o CELAM, a CNBB encerrou o processo eleitoral desta 45ª Assembléia.

O CELAM é um organismo da Igreja que foi fundado em 1955 pelo Papa Pio XII a pedido dos Bispos da América Latina e Caribe, e reune as 22 Conferências Episcopais que se situam do México até o Cabo de Hornos (ponto mais ao sul da América Latina, n.d.r.), incluindo o Caribe a as Antilhas. Seus diretores são eleitos a cada quatro anos por uma Assembléia Ordinária que reúne os Presidentes das Conferências Episcopais envolvidas.

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Presidente do Movimento pela Vida italiano convida Europa para «Family Day»


ROMA, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- O fundador e presidente do Movimento pela Vida italiano, Carlo Casini, convidou todos os europeus em declarações à Zenit a unir-se, pelo menos espiritualmente, à manifestação em defesa da vida e da família («Family Day»), que acontecerá em Roma no próximo dia 12 de maio.

Milhares de pessoas se congregarão neste sábado na praça de São João de Latrão para pedir à política mais compromisso a favor da família e para tentar deter o projeto de lei que na Itália busca dar reconhecimento jurídico às uniões de fato, em particular às homossexuais.

Trata-se do projeto introduzido pelo governo italiano no início de 2007, sobre os Direitos e deveres das pessoas com convivência estável, conhecido com as siglas DICO.

O presidente do MpV considera que na verdade não se trata de um problema só italiano; para ele, os desafios da família e a vida constituem uma questão «planetária».

«Por este motivo -- sublinhou Casini --, é lícito e necessário que a mobilização pela defesa da vida e da família se estenda desde a Itália a toda a Europa.»

O presidente do MpV constata que nestes momentos já não são só os católicos que compartilham o compromisso de defender a vida e a família.

Segundo o presidente do MpV, «pedir novas políticas fiscais a favor da família, do trabalho, da moradia, das creches, é mais do que justo, assim como é de dever acolher a participação de qualquer um que queira estar presente».

[Mais informação em http://www.forumfamiglie.org/manifestazione/piufamiglia1.html]



ZP07050805

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Curso sobre Igreja Católica para diplomatas islâmicos
Organizado pela Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma

ROMA, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- No dia 7 de maio, inaugurou-se, na Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma, com a assistência dos cardeais Tarcisio Bertone e Renato Martino, secretário de Estado vaticano e presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, respectivamente, um curso sobre a Igreja Católica para diplomatas islâmicos e dos países mediterrâneos.

O Curso de Introdução ao conhecimento da Igreja Católica para diplomatas de países com maioria muçulmana do Mediterrâneo e do Oriente Médio se titula «A Igreja Católica e a Política Internacional da Santa Sé».

A iniciativa, que foi promovida, entre outros, pela Fundação «La Gregoriana» e pelo Instituto Internacional Jacques Maritain, dura três semanas -- de 7 a 20 de maio em Roma e de 21 a 27 de maio em Turim --, e apresenta «a organização e funcionamento dos diversos órgãos da Santa Sé, a atividade diplomática das Nunciaturas, a ação humanitária da Igreja pela paz».

Em declarações emitidas pela «Rádio Vaticano», o cardeal Bertone afirmou que o tema que lhe foi proposto pelos organizadores é «o diálogo inter-religioso como via para a paz», entendido como «instrumento de educação para a paz para construir uma paz verdadeira e duradoura».

«É uma afirmação que responde a uma exigência profunda -- comentou --, porque o diálogo inter-religioso não é certamente algo opcional.»

«O diálogo é uma necessidade vital. Não podemos renunciar a ele; pelo contrário, é um compromisso por parte de todos, é um compromisso pela construção da paz, pela promoção dos direitos humanos.»

Entre estes últimos, o secretário de Estado vaticano citou «o direito à vida e à liberdade religiosa, sobre os quais devemos fazer convergir a luta contra toda forma de violência, sobretudo se a violência é invocada em nome de Deus, em nome da religião».

O cardeal Bertone confirmou a preocupação vaticana pela «situação dos países do Oriente Médio e este conflito que não encontra soluções justamente na terra de Jesus».

«A Santa Sé se empenha com todas suas focas e por todos os meios: com a oração, sobretudo, com os encontros religiosos, com os encontros diplomáticos, com os encontros com os chefes de Estado da região médio-oriental e com todos aqueles que estão empenhados em promover a paz naquela região para eliminar as causas endêmicas desses conflitos», recordou.

O Vaticano vê também de modo especial os problemas da África e «insiste sobretudo em que a Europa e as grandes potências do Norte não a abandonem».

A eminente viagem de Bento XVI ao Brasil, acrescentou o purpurado, é «um grande sinal de atenção por parte da Igreja à América Latina e às situações que já foram amplamente analisadas, também pela imprensa e pelos meios de comunicação por motivo desta primeira viagem intercontinental do Papa».

«Veremos depois os resultados, veremos também os frutos desta viagem, as mensagens fortes que o Papa lançará e que esperamos que sejam acolhidas, sobretudo pelas comunidades locais e pelas Igrejas locais, mas também pelos homens políticos de toda nação», concluiu.

Articulado em exposições pela manhã e visitas guiadas a órgãos e estruturas eclesiais pela tarde, o curso foi promovido em colaboração com a Georgetown University de Washington, a Livre Universidade Maria SS Assunta de Roma, a Universidade Saint-Joseph de Beirute, com o patrocínio do Ministério de Assuntos Exteriores italiano, dos entes locais do Lácio e do Piemonte, e da Representação na Itália da Comissão Européia.



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--- Entrevistas ---

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O interesse da grande mídia pela viagem do Papa ao Brasil e a Conferência de Aparecida
Entrevista com José Maria Mayrink, jornalista de O Estado de S. Paulo

INDAIATUBA, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Na véspera da chegada de Bento XVI ao Brasil, Zenit conversou com um reconhecido nome do jornalismo brasileiro para discutir o interesse grande mídia pela viagem do Papa ao Brasil e a realização da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.

Vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo --o mais importante na categoria-- José Maria Mayrink, do grupo O Estado de S. Paulo, cobre a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) há 40 anos. Nesta entrevista, ele fala da visita do Papa ao país e da Conferência de Aparecida, do ponto de vista da mídia.

--Qual a sua percepção do interesse da grande mídia com a viagem do Papa ao Brasil?

--José Maria Mayrink: O grande interesse é em relação ao Papa. Mas o foco da viagem de Bento XVI não era a passagem por São Paulo, mas a V Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida. No entanto, até agora, essa Conferência está em segundo plano, pois quando se fala dela é no contexto da presença do Papa em Aparecida. Então está tudo em torno do Papa, o que é compreensível, pois ele é o grande personagem de tudo isso, apesar da grande importância que terá, em seguida, a própria V Conferência.

--Você percebe que a grande mídia está sabendo lidar com o Papa Bento XVI? Ou ele é uma novidade maior do que se poderia imaginar?

--José Maria Mayrink: Ele é uma novidade. Mas sobre o como lidar com o pontífice gira mais em torno da curiosidade. A grande massa da imprensa, da mídia, está procurando entender e está buscando ainda um perfil dele. Daí esta curiosidade em tudo. Em saber como ele vem, com quem ele irá se encontrar, o que ele irá falar, como ele se veste, qual vai ser o estilo dele e inevitavelmente há uma comparação com João Paulo II.

--Percebemos que a grande imprensa enfatiza temas pontuais em sua cobertura, como aspectos da moral católica, por exemplo, e o Papa, em contrapartida, ao que tudo indica, virá com uma mensagem de maior amplitude e de grande carga de espiritualidade. Você acha que a grande imprensa está atenta a isso?

--José Maria Mayrink: Talvez a grande imprensa esteja esperando que o Papa fale pontualmente de questões de moralidade católica, e, por exemplo, toque em temas que estão aí em evidência, como aborto, eutanásia, união civil de homossexuais, teologia da libertação. Mas é possível, segundo me disse o cardeal Geraldo Majella, que ele fale em defesa da vida, o que abrange a questão do aborto, a sexualidade, a eutanásia, sem adentrar especificamente em cada um desses pontos. Ainda que ele mencione um desses pontos, ou mais de um, seria globalmente, no aspecto da defesa da vida. Também é possível que ele dê uma orientação sobre teologia da libertação, mas deixe para os bispos em Aparecida aprofundarem esse assunto, cujas conclusões ele aprovaria posteriormente.

--A imprensa tem de estar cautelosa para compreender a mensagem de Bento XVI no seu todo, para não correr o risco de fragmentação e interpretações descontextualizadas, não?

--José Maria Mayrink: O risco da fragmentação existe. E a gente tem de se policiar como jornalistas para buscar aquilo que é essencial. No caso do Bento XVI, ele é um grande teólogo, que tem posições avançadas teologicamente desde o Concílio Vaticano II, do qual ele foi perito, ainda como padre, professor de teologia. Então há essa contraposição do teólogo reconhecidamente competente e respeitado com o ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Sempre se lembra dessa sua função como prefeito da Congregação que antigamente era chamada de Santo Ofício. Por isso, fica parecendo que o Ratzinger se identifica sempre com o grande inquisidor, quando não é verdade. Mesmo pessoas que confrontaram com ele como prefeito distinguem as coisas. Esperava-se isso, o que de fato está-se confirmando, que ele, como Papa, teria uma atitude mais pastoral do que como prefeito, onde, por função, ele tinha a tarefa de ser um vigilante da defesa da fé e da doutrina. Acho que essa imagem pode mudar um pouco, o que vai depender dos discursos que ele fizer aqui no Brasil. Haverá um discurso um tanto mais intelectual, que o grande povo não vai compreender, na abertura da V Conferência.

O povo vai analisar o Papa muito pelo visual, comparando-o com João Paulo II. Mas são gênios diferentes, maneiras diferentes de se apresentar. Bento XVI não tem a mesma idade que João Paulo II tinha quando veio pela primeira vez ao Brasil. João Paulo II tinha 60 anos, era jovial, falava e improvisava frases em português e não tinha ainda passado pelo atentado e cirurgias decorrentes. Por temperamento, o Papa Bento XVI é mais contido. Mas ele pode cativar as pessoas também por essa imagem. Três programações dele serão definitivas nesse aspecto, na minha opinião. Primeiro o encontro com os jovens, no Estádio do Pacaembu, que possivelmente será de grande repercussão; em segundo lugar, a missa no Campo de Marte, em que ele vai canonizar o Frei Galvão. A missa já seria capaz de levar um milhão de pessoas ao Campo de Marte, como se prevê. Mas a isso se soma o fato dele também canonizar o Frei Galvão, que é um santo da cidade de São Paulo, onde está sepultado. Embora seja um santo que viveu do século XVIII para o XIX, por sua história e pelo que se apresenta dela, tornou-se próximo. Há ainda o fato de ser o primeiro santo nascido no Brasil.

--Em que aspectos a mídia tem de estar atenta para fazer uma boa cobertura da viagem do Papa ao Brasil e também da V Conferência?

--José Maria Mayrink: A preocupação de realizar uma boa cobertura existe na redação. No jornal O Estado de S. Paulo, onde eu trabalho, que é um grupo, reúne-se para esta cobertura uma equipe de mais de 20 jornalistas. São 60 credenciados, mas aí se contam 20 fotógrafos, motoristas, entre outros. Nós fizemos uma reunião no jornal com um teólogo, no sentido de mostrar não só a importância que tem Aparecida e a importância da visita do Papa, mas também questões práticas até da terminologia a ser usada. Explicar que Conferência de Aparecida não é do CELAM, mas sim do episcopado da América Latina e do Caribe. Explicar que se diz canonização e não santificação. São esperados em torno de 3.000 jornalistas credenciados para estes dias. A grande massa desses jornalistas vai cobrir a visita do Papa. Uma porcentagem pequena ficará para a Conferência de Aparecida. Mas essa Conferência, vai se ver depois, entrará para a história como entraram Medellín, Puebla e Santo Domingo.








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