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Cronicas-->Por que as mulheres não escrevem Cronicas? -- 25/09/2000 - 13:25 (Luís Augusto Marcelino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um dos maiores medos que tenho na vida é generalizar e, por conta dessa generalização, ser injusto com um ou outro. Mas as pessoas não deviam levar tudo tão a sério. Às vezes leio algumas cartas de leitores de diversas revistas e vejo gente indignada por causa de um comentário publicado na semana ou mês anterior. Calma, amigas! Mas não entendo por que é que as mulheres escrevem poesias e não Cronicas.

Talvez para entender eu tenha de fazer o exercício oposto: por que os homens escrevem Cronicas? Pode ser porque vivem se embriagando pelos botecos da orla. E então seu convívio com histórias da vida real é mais intenso e, portanto, os enredos vão surgindo até com uma certa naturalidade. Parece razoável? Não totalmente. Tem cronista que só bebe refrigerante e vive enfurnado num escritório ou numa biblioteca. Sequer enxerga o movimento das ruas. Seria muita mesquinhez imaginar que o motivo é genético. "O DNA do homem propicia uma maior habilidade no trato com histórias cotidianas" - publica uma famosa revista inglesa. A propósito, essas pesquisas que pipocam pela Internet são difíceis de aturar. Muitas vezes o resultado é contestável. Outras não divulgam os critérios e contextos da pesquisa. E, por fim, a maioria tem a mesma utilidade que um elefante no sítio de Indaiatuba. Mas, voltemos ao assunto inicial.

Os sites de literatura que dedicam um espaço à crónica revelam que mais de 90% dos cronistas é do sexo masculino. Bom, talvez o caminho certo, já que me atrevo a afirmar que sou um deles, seja um exercício de introspecção ou uma seção de hipnose. Pensando bem esse negócio de hipnose é meio perigoso. Já pensou se me for revelado que, em vidas passadas, eu era uma rainha Azteca? Deixa eu tentar lembrar por que comecei a escrever Cronicas... Tá bom, confesso: escrevia sim uns versinhos quando era adolescente. Morria de vergonha. Só mostrava para os amigos mais chegados e, mesmo assim, dizia que o autor era um primo de Jundiaí, e que eu só tinha dado uma ajuda numa rima ou outra. Parece que, deste lado, estou chegando lá... Tem outra coisa: tenho preguiça de escrever um Romance. A mesma história, o mesmo personagem sendo arrastado por capítulos e mais capítulos não me parece algo interessante. Não consigo enrolar. Tenho pavor de descrever uma cena minuciosamente, contando cada detalhe de cada objeto, de cada pessoa. Cruz, credo! Acho que é pura incompetência mesmo! As mulheres normalmente têm mais paciência, mais esmero, controlam melhor a ansiedade. Pode ser por isso. Mas, cá para nós... Nem os maiores psicólogos do planeta revelam com autoridade suficiente as justificativas das diferenças entre o homem e a mulher, e um escritorzinho de meia tigela vem tocar neste assunto? É melhor eu parar, antes de parecer um machista ridículo.

Vai ver eu estava sem assunto e levantei esta lebre. Ou então as cronistas estão em férias coletivas.

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