Georg Heym
Depois da batalha
08.09.1910
Meados de maio, corpos jazem juntos
em verdes alfenas, floridas, suas camas.
Braços perdidos, rodas sem raios,
carruagens de ferro com munição tombadas.
De muitas poças evapora a fumaça do sangue,
o preto e o vermelho cobrem a trilha marron.
E brancura escoa de estômagos de cavalos mortos,
cujas pernas pela manhã estiram.
Ao vento fresco congela-se ainda o aglomerado
de mortos, quando no portal do leste
um brilho pálido surge, um brilho esverdeado,
a fina faixa da efêmera aurora.
Nach der Schlacht
08.09.1910
In Maiensaaten liegen eng die Leichen,
Im grünen Rain, auf Blumen, ihren Betten.
Verlorne Waffen, Räder ohne Speichen,
Und umgestürzt die eisernen Lafetten.
Aus vielen Pfützen dampft des Blutes Rauch,
Die schwarz und rot den braunen Feldweg decken.
Und weißlich quillt der toten Pferde Bauch,
Die ihre Beine in die Frühe strecken.
Im kühlen Winde friert noch das Gewimmer
Von Sterbenden, da in des Osten Tore
Ein blasser Glanz erscheint, ein grüner Schimmer,
Das dünne Band der flüchtigen Aurore.