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Contos-->SILÊNCIO E SOLIDÃO -- 18/03/2005 - 01:34 (Lucimar Justino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



O que posso fazer entre quatro paredes, trancado dentro de mim mesmo? Não posso ver o mundo corrupto e pornográfico que me desafia lá fora. Não posso gozar os prazeres da vida e, se acaso pudesse, que felicidade me traria esses efêmeros gozos de liberdade? Não posso. Eu nado posso. Estou preso dentro de meu ser à procura de outro ser. Mas este abismo? Este vazio? Este vácuo?
À minha volta apenas o silêncio e a noite negra que me agarra com seus braços gordos, fortes e pesados. Essa noite sem céu, essa terra sem chão. Esse silêncio sem fim, que me atormenta e me alucina. Essa noite, meu Deus, que não me dá tréguas; que quer fazer amor comigo; que me espanca e me joga pelos cantos e me bota contra a parede para arrancar meu último suspiro!!!
Ah! Quem sou eu? Já não tenho forças para segurar meu corpo que se amontoa sobre minhas fracas pernas como um fardo sobre um burro frouxo.
Este silêncio me ensurdece. Esta escuridão me cega. Esta procura me põe louco. Nada vejo, nada ouço... Apenas sinto. Sinto um frio no corpo, na alma... um frio que beija a minha face... um arrepio que passa as mãos pelos meus cabelos e me sufoca. Mas as pernas, adormecidas, nada sentem e não podem reagir.
E, de repente, como num sonho, eu vejo teus olhos: verdadeiros berços de ternura. Teu olhar reluz muito mais que o sol, que a luz do luar. Uma luz que afaga e consola o meu coração. Doce presença que traz ao meu espírito paz e Amor, esperança para minha alma deserta e carrancuda. E te vejo de braços abertos chamando por meu nome e me sorrindo.
Mas eu não tenho forças para me levantar e ir até você. Tenho medo de cair, de me ferir e me machucar. Tenho medo de tudo o que eu não vejo. Tudo o que eu vejo me assusta. Apenas olho nos teus olhos com a paixão e a embriagues de um enamorado. E vejo a tua alma, um pouco triste me parece.
De súbito uma lágrima se desprende de teus olhos e, numa voz macia e suave eu ouço você dizendo: “eu te amo, que bom que me encontrou no mais profundo de tua alma”. Então eu percebo que estou me amando.



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