O RESGATE
Lavai o Lampião,*
Que lá vai,
Sujo de pó do chão,
Mas não cai
Na esparrela do espião.
No espigão,
Chuva vem e chuva vai.
Uê! He! Lari larai...
E a paixão
Do coração não sai.;
Só o trovão
Ribomba e se esvai,
Como um ai,
Que sai de um coração.
Lá vou eu na contra-mão,
Yes!, Uai!
Choveu no meu sertão,
Contemplai
Tamanha inundação...
Pranto em vão
De um mau filho sem pai.
Todo aquele que trai
O irmão
Ao inferno o levai,
Sem perdão...
Lá no Rio Paraguai
Lampião vai
Ser limpo da poluição.
* Para quem não sabe,
Lampião foi o maior cangaceiro do nordeste brasileiro,
Era o horror do sertão nordestino, matando a torto e a direito, em busca da justiça que não lhe foi favorável na infância. Viu seus pais serem mortos injustamente, diante de seus olhos de criança assustada.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benedito.costa@previdencia.gov.br
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