FANTASMAS E COPOS
Hoje, darei
folga ao fígado,
não beberei.
Calado, no canto
daquele bar,
quieto ficarei.
Hoje, não comemoro
nada além
que minha dor
que ora vem,
se instala aqui,
em lugar do amor.
Cansado, deixo
prá quem quiser,
copos e vinhos.;
guardado em dor,
fico então sózinho
tamanho o desamor.
Se me embriago,
fico chato, choro,
muitos fantasmas
pra mesa trago
e desolado, sempre
tua volta imploro.
Riva
05/04/06 |