Lida no parachoque de um caminhão:
"Até aqui nós ajudou o Senhor!"
E já ia eu corrigir para:
"Até aqui nos ajudou o Senhor!"
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Enquanto isso, em meio às canções de uma coletânea:
"Nas orações que eu faço,
eu encontro os olhos teus,
me deixa ao menos,
por favor, pensar em Deus."
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Na memória, matéria lida no jornal, pela manhã, sobre o escândalo dos padres pedófilos em Boston (que bolada, my God!):
"A série de escândalos trouxe a público detalhes de casos como o de um padre que estuprava garotos dentro do confessionário".
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Como não recordar as sutilezas do conto "Treliça", de Marcelina M. Morschel.
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No filme mexicano "O crime do padre Amaro", as treliças também acabam sendo sutilmente transpostas. E o Padre Amaro teve o requinte de trazer o manto da Virgem Maria, sim, para incrementar o encontro "pecaminoso" naquele mocó do sacristão que não soube ficar de bico calado.
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Mas os jornais também trazem notícias inquietantes, do culto a Allende que ora, na opinião dos pinochetistas, acintosamente se faz presente no cotidiano dos chilenos. Eis a opinião de uma adepta do caudilho:
"Que querem os de esquerda? Que acendamos uma vela e oremos para Allende como se fosse um santo?
[Luiza Gonzalez, 58, comerciante, admiradora de Pinochet, a quem chama de "mi general".]
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Dificilmente deixarão que repouse em paz a alma de Leni Riefenstahl. Defensores e detratores dificilmente saberão administrar, com a lucidez que nunca tiveram, a orfandade que abrupta e inesperadamente os põe unidos. Pano pra manga!
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