VELHO IPÊ
Gigante, te caem
braços cansados,
de muitos anos
em sombreiros dados.
Cara enrugada,
séria, casca grossa.;
corações recebidos
da paixão nossa.
Tantos viajores,
troncos suados
em ti encostaram,
tronco amado.
Ipê, velho sofrido,
ainda robusto,
espera o futuro
que terá seu busto.
Esculpido em partes,
então, serás muitos.;
que imóvel cansou:
serás móveis e artes.
Riva
29/03/06
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