Tem horas que não dá mais. É dor na alma e dor no corpo... o peso da tristeza curva-me as costas e escurece o pensamento. É um grande abismo: - a realidade e o sonho -, e é neste momento que surge a pergunta: Por quê?
Minha humanidade solitária caminha rezando pelo mundo ausente; todos estão assistindo seus próprios filmes. Assistem o grande drama diário de nosso palco iluminado.
Se sou feita à Vossa imagem e semelhança, permita-me que Lhe pergunte: Qual é problema com o meu roteiro? Meu teatro é real. Minha cena não esconde-se atrás da cortina no final do último ato. Desempenho meu papel o melhor que posso. Se não sou a amiga, tento não ser a inimiga ou “o carrasco”. Meu ombro pequeno está sempre pronto para apoiar. Não nego um “prato de comida”. Costumo pensar mil vezes para que num momento de raiva não prejudique o próximo ao qual nada tem a ver com isso.
Qual é o problema, Criador?
Não sou nenhuma virgem como “Maria”, tampouco heroína como Joana d’Arc. Não ouço vozes para vencer tantas batalhas; mas de uma coisa eu sei: Estou desempenhando meu papel legal.
Então... Pergunto-te aqui e agora. Ao vivo e a cores. Esperando “vozes” vindas de qualquer lugar do planeta que traga-me respostas.
Eu te pergunto com meu coração de povo: “O que é que tá pegando comigo? Tô andando nos trilhos. Tô batendo o ponto às seis horas.
O que está acontecendo, Criador?
Não estou entendendo este filme. Está confuso o enredo. Não reconheço os atores. Não tô te vendo. Taparam-se meus olhos e calou-se minha voz.
Não estou te ouvindo: há barulho demais!!!...
Responda-me urgente, por favor!
O choro já me dá dor de cabeça. A tristeza não me dá chance de levantar os olhos para o céu. Minha alma desfalece e se perturba dentro de mim.
Por favor, Deus Meu! RespondA antes que eu acredite que não há mais respostas...