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CORAÇÃO .; AMORDAÇADO
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Amou tanto e era tanto amor em
vão.
Amar assim, por que razão?
Dolorosa mágoa, porque tanta?
Tendo uma monótona vida, quase
santa.
Solitário, pobre e delirante,
Guardava este sentimento
incessante.
Jornada em lutas corajosas,
Verdadeiras, fiéis e ciosas.
De tudo que não fosse amar,
Em tempos totais, inteiros.
Desde o instante primeiro,
Ergue-se, vive e se inflama.
Na santificada e mística chama.
Daquilo que os mortais proclamam
Do que se enaltecem ou se enganam.
Por que tanta adoração,
Pobre .; e .; paciente coração?
Porque te iludes, porque vives
enganado?
Pobre e fiel coração amordaçado...
Mas, não será pior engano,
Deletério e triste dano,
Ser um triste coração que não ama?
Ou ter presente em si, o amor e
sua flama?
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