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Poesias-->Apelo ao prazer -- 24/03/2006 - 11:36 (CINÉZIA COSTA.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ó vida, ó alma!

Ó castelos, alvoradas!

Não tenho mais beijos

Nem abraços nos leitos

Estou só, nos medos...

Ó vida, ó alma!

Ó castelos, alvoradas!

Fiz um breve estudo

Na ilusão que invade

A fumaça, o cheiro!

Impune...

Ó vida, ó alma!

Ó castelos, alvoradas!

As alegrias estão presas

Soltemo-nos da agonia

De ver o planeta esquentando

A água acabando

O petróleo jorrando, matando!

Ó vida, ó alma!

Ó castelos, alvoradas!

A liberdade voando

O capitalismo gozando

Gozando a nossa cara...

Ó vida, ó alma!

Ó castelos, alvoradas!

O acaso não ilude

A consciência nos falta

Foge da memória

Ao romper da aurora

Nada é imune

Punição, não chega a hora...

Ó vida, ó alma!

Ó castelos, alvoradas!

A morte é notória

Me eleve os pensamentos

Antes que a morte se apresente

Resplandece nos momentos

Assolando os desejos

Da alma que é pura

Na razão do desuso

Da vida que entreguei

Depois de imensos esforços

Ó vida, ó alma.

Ó castelos, alvoradas!

Traga de novo a beleza

De sentir o corpo

No êxtase de um grande desejo

Ó vida, ó alma.

Ó castelos, alvoradas!

Devolve-me os prazeres

Antes que o fim me leve

Sem a mordida de uma boca

Na loucura dos beijos

Sem pudor, sem receios...

Ó vida, ó alma!

Ó castelos, alvoradas!

Quero um amanhecer

Nos braços do sol, do amante!

E depois de tudo, do gozo!

Morrer...







Sabe que tenho esperança?
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